a voz da minha consciência calou-se

Data 09/10/2008 07:37:19 | Tópico: Poemas -> Esperança

Enquanto escavo na rocha granítica
com uma gasta picareta,
estilhaços de quartzo, feltespato e mica
sangram-me as mãos, os braços e as vestes.
Não sei que mina é esta que esgravato;
sei que fica
na distância que sobeja entre o aço e a pedra reluzente...
escavo ao ritmo cardíaco,
entre cada expiração forçada,
pancada a pancada.

Hiperclorito de sódio
lava mais branco.

Espeleologia...


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=56037