SAUDADE

Data 13/10/2008 09:41:54 | Tópico: Sonetos


Saudade
Jorge Linhaça

A coluna marmórea, silenciosa,
vil testemunha deste meu sofrer;
pobre suporte da luz do meu ser,
ouve quieta meu pranto em prosa

E se em meus versos souber me expressar
alí estará a pétrea coluna;
a não dizer-me palavra nenhuma:
testemunhando este meu lagar

Dói a saudade, congela-me a alma
treme meu corpo suado de frio.
Espinhos cruéis das folhas das palmas

São meus adornos, os meus atavios
e quando a dor no peito se espalma
queima minh'alma tal como um brasil


Arandú,13 outubro de 2008

anjo.loyro@gmail.com






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