Cega solidão

Data 27/10/2008 22:07:37 | Tópico: Poemas -> Surrealistas

Pertenco á inóspita terra de nínguem,
sem passado ou presnte capaz de quebrar esta maldição de destinos traídos.
a vaguear pelas areias do tempo,
como xamã, de alma e corpo,
com os espíritos do fogo a possuire-me e
eu a beber as recordações dos antepassados.

Obrigado a reviver, cada lamento,
cada lágrima derramada enquanto evoco,
bem alto, para os Céus:
Naplam!,naplam!, oh agudo choro e doce grito do fogo!

Mas os espirítos,
também não me consiguiram acordar dos meus cem
anos de solidão!



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