JOGO DE LUZIR

Data 06/11/2008 00:27:10 | Tópico: Sonetos

O poeta quis e fez-se o verso.
Nasceu, à pena grave, poesia;
Da bruma do silêncio que jazia,
Ouviu-se o murmúrio d’universo.

Estrela salpicada com a lua,
Palavras como rastro de cometa;
A prata fina n’água da rua,
Desenho escorrido na sarjeta.

Pena de poeta sempre pode
Tocar as franjas do mundo todo,
Num jogo de luzir a fantasia.

A força de um verso que explode.
A farsa, a ira, o bem-querer, o medo;
Com o som e os matizes que queria.


Frederico Salvo.



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