Poema desimportante

Data 11/11/2008 12:24:47 | Tópico: Poemas

No colo hostil do passado
Inda lateja uma mágoa sombria,
Treme a ausência do antes firmado,
Pulsa a falta do que não havia.

No fundo, onde não se vê,
Soluça ainda a tênue lembrança.
Nutrida pela desesperança
Vive, frágil, a sombra de você...

Frágil, que se extingue em breve,
Como névoa se dissipa, leve,
Porque finda sempre o eterno amor.

Tudo o mais é consciência morta,
Certeza esquecida, inerte torpor,
Pobre sonho que não mais importa.




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