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Poema desimportante

 
No colo hostil do passado
Inda lateja uma mágoa sombria,
Treme a ausência do antes firmado,
Pulsa a falta do que não havia.

No fundo, onde não se vê,
Soluça ainda a tênue lembrança.
Nutrida pela desesperança
Vive, frágil, a sombra de você...

Frágil, que se extingue em breve,
Como névoa se dissipa, leve,
Porque finda sempre o eterno amor.

Tudo o mais é consciência morta,
Certeza esquecida, inerte torpor,
Pobre sonho que não mais importa.


 
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Amora
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Enviado por Tópico
Julio Saraiva
Publicado: 11/11/2008 14:25  Atualizado: 11/11/2008 14:25
Colaborador
Usuário desde: 13/10/2007
Localidade: São Paulo- Brasil
Mensagens: 4206
 Re: Poema desimportante p/Amora
dora,

eu não conhecia suas qualidades como sonetista. mas enfim, quem sabe, sabe.e a gente aplaude. de desimportante, só a palavra - no título.

afeto,

júlio


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 11/11/2008 14:36  Atualizado: 11/11/2008 14:36
 Re: Poema desimportante
Eu tomo a ousadia de aplaudir de pé o seu poema.

Tomo consciência de que existe vida por detrás dele

Bjs
Dolores


Enviado por Tópico
Vera Sousa Silva
Publicado: 11/11/2008 16:13  Atualizado: 11/11/2008 16:13
Membro de honra
Usuário desde: 04/10/2006
Localidade: Amadora
Mensagens: 4098
 Re: Poema desimportante
Minha bela Amora, só o título destoa, porque é muito importante este belo poema. E magnífico, como sempre fazes!
O amor é breve... e naturalmente falso. Mas eu sou má língua mesmo

Beijo enorme