 
  
    	Ana
    	Data 12/11/2008 10:44:26 | Tópico: Poemas -> Góticos
 
  |  Seios púberes desaparecem acima das costelas delicadas E um sorriso frígido compartilha sonhos de morte, Ana é a garota que vomita sozinha a noite, Entrecruzadas pernas partindo-se no trajeto para a fama.
  Detendo a inocência de uma escolha forçada, Fado trajado elegantemente para a véspera de um funeral, Isolando-se em fria morada dos deuses invejados, Um palácio de ossos que desmonta-se em lágrimas.
  Milagre violento que estupra a sanidade juvenil de imaturidade comprada, Mentiras em reflexos pálidos e disformes, Ofendendo o anelo alcançado nos minutos finais, De mais lábios ressecados pela tristeza e feridas Extensos pêlos nos braços delicados.
  Anemia triunfante para impedir mais movimentos, A vagina sangra com o esforço de uma vida, Curvas mostram se orgulhosas na dismorfia tátil, Beijando-me com os dentes que caem.
  Ana é a princesa de idiílio luso,um esqueleto invejado , Seus longos cachos negros,olhos castanhos vazios Movendo-se entre sombras do passado, Sofro por contemplar sua beleza fatal...
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