Aos confins do universo

Data 14/11/2008 12:09:45 | Tópico: Poemas -> Reflexão

















Deslizo o olhar sequioso
Pelas águas salpicantes
Das vagas silenciosas e irrequietas
Desnudadas pela carícia do sol
Desta ilha enfeitiçada por ti
As escarpadas encostas brilham
Ante os meus olhos marejados
Pelo salgado cristalino do mar
E fustigados pela brisa arisca de mim

Meu corpo sulca as ondas
Guardiãs de vastos segredos
Imobiliza-se, insensível …estático
Abandonado por mim naquele barco
Perco-me em pensamentos delirantes
Translado-me para outra dimensão
De liberta comunhão existencial
Perco-me mais e mais, sem pudor
Nessa voluptuosa viagem
Aos confins do universo
Onde nada é proibido
Nada é recalcado
Tudo emerge na realidade
Da consciência consciente
Dos corpos e das almas.

Escrito a 13/11/08


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=60758