És vício

Data 24/04/2007 14:44:26 | Tópico: Poemas -> Desilusão

Dentre os vícios da alma,
Que de tantos me aferra
És aquele que nos ser sobeja.

Porquê descansa em ti a calma?
Fica a noite que jamais se encerra
E vejo-te, ainda que não me vejas.

E se me é vida este mal que padeço,
Desventurado riso tétrico que feneço
Não me será de toda a vida esquecimento
És vício, donde não se dá contentamento.

Se minto, não há amar naquilo que esqueço
Será um poema que entre os dedos aqueço
E ficas, vício, talhado a cada momento
Meu vício, vício de amar o sofrimento.

A duras penas vai-se a alma estagnando,
Naquilo que me é vício...
Morre a falta, agonizando.






Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=6243