Soneto da hora

Data 24/04/2007 22:14:14 | Tópico: Sonetos

Uma hora já parida
Por relógio sereno
Dá a notícia da partida
De tempo feito e terreno.

Arruma-se a um canto
Com etiqueta de memória,
Ou não... não chega a tanto
E morre cedo sem glória.

É hora sempre nascida
Entre o mostrador e o ponteiro
E logo, efémera e ida.

É passado sem ser presente,
No fundo, existiu num relance,
Numa passagem célere e silente.

Valdevinoxis



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