Poema Despido

Data 27/12/2008 02:03:35 | Tópico: Poemas

Dominas-me voraz
Sem que entenda o sentido
Dos versos que trazes
Na boca que beija
Em carícias longas
O brilho do sol.

Sou apêndice sôfrego
De um poema.

Pacifico-me na tua voz
Que embala o desejo
De ser letra do teu corpo,
E rasgo a folha imerecida
Que te sustém,
Com a fúria decomposta
Da improbabilidade
De te possuir.

Contempla-me
Na prateleira exposta
No extremo do segmento.

Sou matéria invisível
Dos teus propósitos.


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