O que move o mundo

Data 09/01/2009 09:58:54 | Tópico: Poemas -> Sombrios

Alheia ao poder consciente da vontade
Pulsa a fonte interna da dor.
Ironicamente presente.
A fome inconsciente de dor,
A força motriz das mutações,
Da ruptura sangrenta do tédio.

Rolam as lembranças pela face
Daquilo que queríamos ser
Mas o livre-arbítrio nos impediu de alcançar.

Palpitam no peito palavras afáveis
Que insistiam em apunhalar pelas costas.

O arrepio frio do afago mais cruel -
O sarcástico sentimento de pena.

Felizes aqueles que experimentam o espasmo
Como a um copo de vinho
O seguram, analisam a consistência,
O cheiro doce antes do sabor forte e poético,
O degustam e se embriagam.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=66509