
um.
Data 15/01/2009 21:49:49 | Tópico: Textos
| faltam treze dias para ser tempo de te ver de novo, falta o sangue nas artérias e o coração no peito. o corpo, já morto pelo que falta, cambaleia as ausências do lado errado da vida. às tantas é tarde e o relógio partiu-se, partiu-se com a noite antes do dia da tua ida e, antes que se parta de novo, espero um acerto, um tempo não morto, uma hora a mais por ser verão. a morte tem janelas escancaradas para a praça, tem avenidas estreitas e passeios altos, tem homens de gravata e crianças descalças,tem-me e eu não tenho nada. à espera teço algumas palavras, escrevo poemas, eu que nunca fui de fazer poemas, e antes que em treze dias se multiplique a morte, morro.
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