9.º de um ciclo Bocageano

Data 14/02/2009 14:13:00 | Tópico: Poemas

Vem, Marília, senta-te comigo
À beira deste Sol que se derrama
Sobre o corpo do rio e por nós chama,
Reclama o nosso olhar quando te digo:

“Vem, Marília”, e a mão dá-me que eu sigo
O olhar do Sol, nos olhos teus, em flama
Onde colhe o poeta o que declama
Como se o verso fosse o seu abrigo.

Vem, Marília, o tempo que desdenhas
É este tempo do amor sempre a florir
Que em poemas e gestos se anuncia.

Mas não, minha Marília, não venhas,
Se teu destino for sempre partir
Como o sol que fenece em cada dia.

Xavier Zarco
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