Leviana

Data 12/04/2009 02:52:46 | Tópico: Poemas -> Amor

Na calada da noite
ao som da viola
me calo
penso em você
entre sorrisos
canto e bebo
e o vazio no peito
não consegue ir embora.
Entre olhares perdido
e sussurros atrás da porta
tento amar e me da por inteira
não consigo
a saudade me devora.
Um cigarro após o outro
e o litro de vodka
que já jaz na mesa
morto pela incerteza
da minha derrota.
Entrego-me a outros homens
na esperança de seu semblante
mas depois que as luzes são acesas
sinto-me tão leviana.
Forte é o que sinto
tão forte que enfraquece
e este corpo débil que uso
cansado adormece.
E no dia seguinte
quando o álcool não mais enlouquece
sinto-me de novo leviana
e sei que não mereço
o amor que me destes.



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