Excertos VI

Data 20/04/2009 18:22:13 | Tópico: Poemas

O teu sangue que assim arde em mim
Solto por aí, em vagas rebentações
Deste mar sortido dos teus olhos
Frenético vento que me rouba ilusões,
Dias e tempestas noites sem fim.

Navego louco nestas margens d'oceano,
Em escarpas que nos juntam, num beijo
Em asas de gaivotas presas ao céu
Feitas estrelas em todo o meu desejo,
Perdoa agora este meu ser profano.

Musa, sereia de mil tormentas, mortal
Que m'elevas em tridente de teus pais,
Guerra perdida que t'arrastas nesta vida,
Sempre no mesquinho silêncio dos demais
Alma grande de pequeno mundo, fatal.


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