Poemas : 

Excertos VI

 
O teu sangue que assim arde em mim
Solto por aí, em vagas rebentações
Deste mar sortido dos teus olhos
Frenético vento que me rouba ilusões,
Dias e tempestas noites sem fim.

Navego louco nestas margens d'oceano,
Em escarpas que nos juntam, num beijo
Em asas de gaivotas presas ao céu
Feitas estrelas em todo o meu desejo,
Perdoa agora este meu ser profano.

Musa, sereia de mil tormentas, mortal
Que m'elevas em tridente de teus pais,
Guerra perdida que t'arrastas nesta vida,
Sempre no mesquinho silêncio dos demais
Alma grande de pequeno mundo, fatal.


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
Antónia Ruivo
Publicado: 21/04/2009 09:50  Atualizado: 21/04/2009 09:50
Membro de honra
Usuário desde: 08/12/2008
Localidade: Vila Viçosa
Mensagens: 3855
 Re: Excertos VI
Este é daqueles em que as palavras não chegam para comentar, beijinhos


Enviado por Tópico
Amora
Publicado: 22/04/2009 01:45  Atualizado: 22/04/2009 01:45
Colaborador
Usuário desde: 08/02/2008
Localidade: Brasil
Mensagens: 4705
 Re: Excertos VI
Também eu não sei mais o que dizer
além de classificar como
espetacular este teu poema!

Beijo

Amora


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 26/04/2009 14:34  Atualizado: 26/04/2009 14:34
 Re: Excertos VI
Um poema intenso, vão os versos percorrendo imagens surreais, sentidos que constroem-se em antíteses e sentimentos, perdido nas vagas de um olhar!

Simplesmente lindo!!!