LUZ E TERNURA

Data 22/05/2007 11:21:52 | Tópico: Poemas -> Amor

Ocasionalmente o silêncio é quebrado
Pelo eco das tuas palavras doces e brandas
Por vezes ainda vejo a tua face no sol da manhã
Uma memória que o tempo não quis levar

Por vezes vejo o teu sorriso colado à aurora
A doçura do teu beijo marcada nos meus lábios
A planura suave do teu corpo sob a minha mão
E eu tremo, tremo na emoção de um encontro ansiado

Ocasionalmente a escuridão é iluminada
Pelo teu olhar cheio de luz e ternura
Fico solto na brisa da manhã, pendente num sonho
Por vezes sinto-te, sinto-te como nunca senti ninguém

O teu perfume, o teu amor espalhado na frieza do meu corpo
Por vezes fico assim parado a pensar, a sorrir, a explodir por dentro
Por vezes a doçura das tuas palavras arrepiam-me
Um arrepio de prazer, uma sensação de imortalidade

Fico fechado na memória de ti, do teu abraço terno
Certo que a porta se fechou, mas que a janela continua aberta
Para dela jorrarem os raios de sol da manhã
Para que o sonho não morra, para que o amor não parta.

BRUNO CARVALHO 2007


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