««Sangue que jorra morto««

Data 04/06/2009 20:57:31 | Tópico: Sonetos

Socalcos abertos com a adaga do sarcasmo
Crueldade nas palavra que me engole
Faca rígida que corta o entusiasmo
Exalta agonia que lentamente me consome

Abafo o despeito da alma silenciosamente
Procuro na escuridão certo conforto
Olhando o escuro acredito copiosamente
O que escrevo, sou eu em sangue que jorra morto

Vejo esvair-se a força que me mantém sã
Em cada gesto que fazes sem pensar
Em cada sílaba escrita pela manhã

Envenena-me a alma, trás consigo a incerteza
Manhã de nevoeiro que teima em me enlaçar
Se meus versos emudecerdes, em quem acreditar.


Antónia Ruivo


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=85708