Cravaram-me uma estaca na alma

Data 11/06/2009 16:29:15 | Tópico: Poemas -> Sombrios

Cravaram-me uma estaca
Na alma!...

Apoderaram-se do meu tesouro
E deixaram-me prostrada
Num chão
Nojento e pegajoso
Pejado de mentiras esventradas
E de odor pestilento

E são às dezenas os sorrisos...
Cínicos!
Que na pressa da retirada
Lhes caíram do rosto
E se espalharam no meio da podridão

Pobres criaturas sem palavra
Que de tão miseráveis que são
Atraiçoam quem lhes deu o pão
Nos dias mais negros
Da fome apertada

E salvaram quem nada lhes deu
A não ser a ilusão
Daquilo que não passa
De um redondo nada...

Mataram
E fugiram todos
Montados na mula da cobardia

Salvou-se um estranho silêncio
Que paira num ar irrespirável

Morri sozinha
Sem glória alguma
Com a dor da desilusão

Não mais voltarei
A pisar o chão que me viu morrer!...



Hoje resolvi responder individualmente a todos os comentários que me deixaram.
Não o costumo fazer, nem aqui nem em lado nenhum.
E não o considerem como arrogância ou falta de educação, porque não se trata disso. Mais cedo ou mais tarde, acabo por retribuir quem me lê, lendo-o também.
Quem por aqui anda há mais tempo, sabe-o e respeita-o.
Não é por nenhum motivo em particular, apenas porque me rouba imenso tempo que eu acho precioso para poder ler os outros poetas e colegas de casa que também merecem ser lidos. Tão simples quanto isso.
Mas hoje... deu-me para isto.
Não o voltarei a repetir nestes termos, pois dei-me conta de que fiquei sem tempo para o que atrás disse!





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