Prisão

Data 19/06/2009 14:58:05 | Tópico: Sonetos

Não temo a açoiteira que recrimina
O chicote que estala não me ofende
Não sofro com a palmatória, entende
E nem com a agulha de ponta fina

Grilhões que me prendem e dominam
Xingamento nenhum não me ofende
Os maus tratos que agora me rende
Sei que algum dia todos terminam

Comida e água eu tenho aqui, agora
Mas a minha alma que tanto chora
Gostaria de ter sempre a liberdade

Outros males nem sinto, no escuro
Porém o mal que sinto é mais duro
Dos filhos e da mulher, a saudade.

Jmd/Maringá, 19.06.09



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=87607