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Prisão

 
Tags:  liberdade    sofrimento    grilhões    xingamentos  
 
Não temo a açoiteira que recrimina
O chicote que estala não me ofende
Não sofro com a palmatória, entende
E nem com a agulha de ponta fina

Grilhões que me prendem e dominam
Xingamento nenhum não me ofende
Os maus tratos que agora me rende
Sei que algum dia todos terminam

Comida e água eu tenho aqui, agora
Mas a minha alma que tanto chora
Gostaria de ter sempre a liberdade

Outros males nem sinto, no escuro
Porém o mal que sinto é mais duro
Dos filhos e da mulher, a saudade.

Jmd/Maringá, 19.06.09


verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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Enviado por Tópico
SilviaReginaLima
Publicado: 19/06/2009 15:05  Atualizado: 19/06/2009 15:05
Colaborador
Usuário desde: 23/04/2009
Localidade: São Paulo - Brasil
Mensagens: 816
 Re: Prisão
alo poeta
*******

como vai?****

Poema sensível, forte e triste..

A dor da perda da presença familiar é muito forte nas almas sentimentais como a dos poetas. Falta de um mínimo de liberdade é muito ruim também.

**Um beijo com saudades

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 19/06/2009 15:08  Atualizado: 19/06/2009 15:08
 Re: Prisão
Belo poema, apesar da dor;
As vezes o que mais amamos
é o que nos é tirado!!!
do fundo da alma......