Máscara

Data 12/07/2009 01:10:24 | Tópico: Poemas

Tombei a carcaça do ridículo
Na ribanceira da azia, esperneei ao sol
Queimei o dedo indicador, sem ver
Gritei, agitei a minha parca ignorância
Confraternizei a minha militância
Disse amém por conveniência
Meti a mão ao bolso e estava furado

Continuei ridícula, e sozinha,
No meio da multidão eufórica
No deserto da vaidade, petulância
Que degenera tanta vez na arrogância
Umas outras na ganância
Por fim na falência…

Pareço um daqueles políticos sem cor
Caminham ao sabor da maioria
Agitam a bandeira da simpatia
Abraços p´ra cá, beijinhos p`ra lá
Tudo ao Deus dará, politiquices e colheres de chá

Importante…
Na campanha eleitoral não se esqueçam de usar máscara
Por causa da gripe mexicana.


Poetamaldito



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=90315