Preso entre nada a prender-me

Data 10/06/2007 22:09:18 | Tópico: Poemas -> Reflexão

Preso entre nada a prender-me,

Na infindável imensidão do não ser,

Atravesso universos que não conheço.

Dilaceram-me esses sóis que sem crepúsculos

Vejo morrer sangrados pelo finito.

Regidas por secretos repousos,

Gravitam em torno do tempo

Elipses forjadas pelo eterno movimento.

Se tento libertar-me, fico pendente

Nas arestas da incerteza.

Quando liberto, o sonho evapora frio

E o absoluto fragmenta-se.



B. Bomtempo


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