Poemas -> Reflexão : 

Preso entre nada a prender-me

 
Preso entre nada a prender-me,

Na infindável imensidão do não ser,

Atravesso universos que não conheço.

Dilaceram-me esses sóis que sem crepúsculos

Vejo morrer sangrados pelo finito.

Regidas por secretos repousos,

Gravitam em torno do tempo

Elipses forjadas pelo eterno movimento.

Se tento libertar-me, fico pendente

Nas arestas da incerteza.

Quando liberto, o sonho evapora frio

E o absoluto fragmenta-se.



B. Bomtempo

 
Autor
B. Bomtempo
 
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1936
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Enviado por Tópico
João Filipe Ferreira
Publicado: 10/06/2007 23:45  Atualizado: 10/06/2007 23:45
Colaborador
Usuário desde: 08/10/2006
Localidade: Lavra-Matosinhos
Mensagens: 1046
 Re: Preso entre nada a prender-me
fantástico poema amigo.
Belissima estreia nesta casa de escritores..
parabens...gostei imenso
bem-vindo!!

Enviado por Tópico
JSL
Publicado: 11/06/2007 10:30  Atualizado: 11/06/2007 10:30
Membro de honra
Usuário desde: 10/05/2007
Localidade: Minho
Mensagens: 681
 Re: Preso entre nada a prender-me
Faz bom tempo por estas bandas ...
Sol radiante fragmentado em absoluto.

Poema nave ou poeta do futuro?

O sonho é o futuro à espera.