o INOCENTE

Data 08/08/2009 18:28:38 | Tópico: Poemas

No silêncio obscuro de uma noite triste
Subi ao cadafalso tenebroso do sono
Onde um verdugo, de sorriso em riste
M’oferecia a morte,como se fosse seu dono

Na corda suspensa do meu sonho a raiar
Enforcados nela,os olhos dos qu’esperavam
Que no peso da minha consciência a matar
Morresse a deles, que a tal me condenavam

Na garganta seca, a maçã do pecado
Disse não á extrema do extremoso monge
Pois s’um inferno tinha sido o meu passado
Pesadelo seria, a minha alma ir mais longe

Num último estertor, vi as maledicências
C’acusavam minha alma,se é que a tinha
Mas antes olhei para as suas consciências
Que baloiçavam numa morte igual á minha

Enforcado, balançava no sonho incoerente
Quando acordei sobressaltado, mas felizmente
De nada me acusava o meu cérebro consciente
E rindo do sonho, logo me declarei inocente



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