Luso-Poemas
 
Poemas : 

o INOCENTE

 
No silêncio obscuro de uma noite triste
Subi ao cadafalso tenebroso do sono
Onde um verdugo, de sorriso em riste
M’oferecia a morte,como se fosse seu dono

Na corda suspensa do meu sonho a raiar
Enforcados nela,os olhos dos qu’esperavam
Que no peso da minha consciência a matar
Morresse a deles, que a tal me condenavam

Na garganta seca, a maçã do pecado
Disse não á extrema do extremoso monge
Pois s’um inferno tinha sido o meu passado
Pesadelo seria, a minha alma ir mais longe

Num último estertor, vi as maledicências
C’acusavam minha alma,se é que a tinha
Mas antes olhei para as suas consciências
Que baloiçavam numa morte igual á minha

Enforcado, balançava no sonho incoerente
Quando acordei sobressaltado, mas felizmente
De nada me acusava o meu cérebro consciente
E rindo do sonho, logo me declarei inocente

Sou desenhador,pintor e poeta e, nas minhas poesias tento desenhar e pintar os meus pensamentos

 
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Delgado
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Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
(re)velata
Publicado: 08/08/2009 19:46  Atualizado: 08/08/2009 19:46
Membro de honra
Usuário desde: 23/02/2009
Localidade: Lagos
Mensagens: 2214
 Re: o INOCENTE
Muito original esta abordagem do sonho e da morte. Escreves mesmo bem!

Parabéns!

Beijinho

Enviado por Tópico
rosafogo
Publicado: 08/08/2009 20:10  Atualizado: 08/08/2009 20:10
Moderador
Usuário desde: 28/07/2009
Localidade:
Mensagens: 11357
 Re: o INOCENTE
Mas que belo que está, faz-me lembrar alguém, ou será só impressão minha? Isto está uma maravilha,
como eu gosto de ler boa poesia!

Um abraço
natalia

Enviado por Tópico
samanthabeduschi
Publicado: 08/08/2009 20:28  Atualizado: 08/08/2009 20:28
Da casa!
Usuário desde: 09/07/2009
Localidade: Curitiba - Brasil
Mensagens: 426
 Re: o INOCENTE
Como sempre, inebriantemente lindo! Parabéns pela vigésima... ou enésima vez. Beijos amigo!

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 08/08/2009 22:03  Atualizado: 08/08/2009 22:03
 Re: o INOCENTE
Porém eu te declaro culpado... de escrever boa poesia. Poema repleto de imagens.

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