#11

Data 25/08/2009 23:17:00 | Tópico: Poemas



rasga fundo o vento. na garganta
rasgam-se meia dúzias de palavras, palavras
primárias, como adeus ou sempre. fico
parada no não dito, um anúncio
de um coração barato: vende-se.
quero rasgar-te como às veias do corpo
a esvair-se em sangue. quero
rasgar-te como às palavras ou ao vento e
morrer na certeza da tua morte
para sempre. e adeus.



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