Poemas : 

#11

 


. façam de conta que eu não estive cá .


rasga fundo o vento. na garganta
rasgam-se meia dúzias de palavras, palavras
primárias, como adeus ou sempre. fico
parada no não dito, um anúncio
de um coração barato: vende-se.
quero rasgar-te como às veias do corpo
a esvair-se em sangue. quero
rasgar-te como às palavras ou ao vento e
morrer na certeza da tua morte
para sempre. e adeus.
 
Autor
Margarete
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Enviado por Tópico
Alexis
Publicado: 25/08/2009 23:45  Atualizado: 25/08/2009 23:45
Colaborador
Usuário desde: 29/10/2008
Localidade: guimarães
Mensagens: 7238
 Re: #11
rasga este poema o silêncio.
o não dito como dói...

beijo poeta grande.

alex

Enviado por Tópico
cleo
Publicado: 26/08/2009 03:04  Atualizado: 26/08/2009 03:04
Usuário desde: 02/03/2007
Localidade: Queluz
Mensagens: 3731
 Re: #11
Até podia ler e ficar em silêncio como faço tantas vezes desde que regressaste, mas hoje apetece-me dizer-te do tanto que gosto do que escreves, que até me faltam as palavras para dizer o quanto.

Beijo

Enviado por Tópico
VónyFerreira
Publicado: 26/08/2009 09:04  Atualizado: 26/08/2009 09:04
Membro de honra
Usuário desde: 14/05/2008
Localidade: Leiria
Mensagens: 10301
 Re: #11
A emoção que as tuas palavras causam sempre em
mim, rasgam o silêncio e fica a vontade de to dizer
inequivocamente.
Margarete, és uma escritora de eleição, uma das que mais me emociona ao ler, e que eu prefiro.
Beijinho
Vóny Ferreira

Enviado por Tópico
Amora
Publicado: 26/08/2009 17:24  Atualizado: 26/08/2009 17:24
Colaborador
Usuário desde: 08/02/2008
Localidade: Brasil
Mensagens: 4705
 Re: #11
E no final o adeus de onde tudo começa.
Sinto o sangue.
Grande poema!
Beijo
Amora