duplicidade cúmplice

Data 21/09/2009 20:46:04 | Tópico: Poemas

elejo a confusão
peço auxilio aos sonhos
mas irrequieto fico
com a palavra suada:
vinda de longe, muito longe
além do sonho, além da alma

tão extático este espaço
mundo real da fantasia
diálogo sem narrador
dos contos de criança
identidade autêntica ou de fábula
duplicidade cúmplice
enclausurada entre dois eus

uma vontade de sair da ausência
outra de ficar entre a vacuidade
quem sou eu sem este excesso?
serei uma exuberante confissão
da palavra parida no mundo da fantasia?
ou obedeço ao ser finito
embuçado na malha do verbo amar
que em pura ignorância
tenta escrever o verbo do silêncio
na imensa vastidão do mar?



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