bacana, não conhecia:

http://users.isr.ist.utl.pt/~cfb/VdS/ary.dos.santos.html


Ecce Homo

Desbaratamos deuses, procurando
Um que nos satisfaça ou justifique.
Desbaratamos esperança, imaginando
Uma causa maior que nos explique.

Pensando nos secamos e perdemos
Esta força selvagem e secreta,
Esta semente agreste que trazemos
E gera heróis e homens e poetas.

Pois Deuses somos nós. Deuses do fogo
Malhando-nos a carne, até que em brasa
Nossos sexos furiosos se confundam,

Nossos corpos pensantes se entrelacem
E sangue, raiva, desespero ou asa,
Os filhos que tivermos forem nossos.

José Carlos Ary dos Santos

esses poemas estão disponíveis para serem lidos em algum lugar?

encontrei esse sítio por acaso, pelo google. Massa.

o Sr. Silveira se considera um cachaceiro segundo se lê em seus poemas e postagens, mas parece ter ficado irritado com isso a ponto de me tratar por merda. Vá entender.

por sinal, quanto ao poema que é origem desse tópico, parece carecer de qualquer sentido (com o perdão de Quintana e soldados) e a interpretação extravagante que Caio aqui lhe deu parece tão adequada quanto a que qualquer um lhe queira dar. Nem notei a razão para se chamar soneto se não segue forma, métrica ou rima.

Interessante discussão onde rolou de tudo.

Mas mais interessante foi ver um cachaceiro falando mal de maconheiro. Acaso a cachaça também não deixa a pessoa torpe, com tendência a grandiloquência, desinibição e outros efeitos similares?

Parece-me que as partes mais interessantes deste sítio são esse fórum e a seção de Clássicos.