Comentário a "...e um verso cachimbo de água" de HorrorisCausa |
||
---|---|---|
![]() Membro desde:
6/11/2007 15:11 Mensagens:
2262
|
Este comentário também se encontrará disponível no perfil do utilizador na caixa de comentários do poema.
O poema, na sua íntegra, estará legível após o comentário. Um gozo quase hipnótico. Começas a primeira estrofe duma forma muito numérica. De um até seis(teto) vais desenrolando os versos um tanto oniricamente. Tenho a impressão de estar no país das maravilhas, de volta duma lagarta empoleirada num cogumelo, enlevando-se descomplexadamente. De sonos e punhais, a metais aos gritos a chamar uma melodia cheia de mosquitos (serão mosquetes, ou mosqueteiros?) falta-me, contudo, nessa primeira e numa ordem tão desordeira o cinco... Talvez a epifania. A revelação não força o mote. Parece. E dela surge o escrita de máxima força e de mais difícil linguagem: o poema. Repete-se a agressão (morte?) do sono. A insónia tem o nome devido e quantos poemas já não escrevemos durante uma insónia? ou quantos poemas não terão sido punhais? O cachimbo de água simboliza esse gozo duma forma mais visual. Ele complementa a lírica misturada de versos embriagantes. O sonho fora do sono. O êxtase. A mania não se liberta da sua irmã depressão, mas expulsa-a, geralmente, da mirada. Há um abraçar desse momento majestoso. Um não temer\pensar do momento seguinte. Nas nuvens, vapores, seguimos, numa linguagem rica e adocicada, lá em cima, no cume, no auge. Belo lugar... ...e um verso cachimbo d´água uma punhalada no sono duas chamas de três trompetes quatro mosquitos no tecto numa rápida vista d´olhos ao sexteto. epifania! faz.se um poema no caos infinito da insónia mania ...e um verso cachimbo d´água. musical joalharia que roda ventos rodopio maçapão e silêncios retorcem toques da massa cinzenta. infusão incenso narguilhê outra folha amanhecida. amanhece analepse cadeia epopeia de papoulas nocturnas na crina de um cavalo alado com asas mortas seu molde é ruba´i. sorver vapor não bastaria diluir insone noite escorregadia na sua verdade à origem uma longa escadaria. ...e um verso cachimbo d´água lá em cima.
Criado em: 22/7/2023 9:42
|
|
![]() |
Re: Comentário a "...e um verso cachimbo de água" de HorrorisCausa / R.Beça |
||
---|---|---|
Administrador
![]() ![]() Membro desde:
15/2/2007 12:46 De Porto
Mensagens:
3788
|
olá Rogério
opah! opah! que mais posso dizer ? se só opah! me ocorre? estás "passado do capacete?" só pode. ...e eu, estou, fiquei, fico a ler e reler teu comentário/neste espaço crítico e, só me resta dizer...obrigada pelo inaltecer do meu escrito. obrigada por seres tão grande nas palavras que acolhes e fazes delas não só a teu grandemente poetar como o dos teus pares. esse dar sem nada esperar é de SER GRANDE. ÉS GRANDE. opah! um obrigada enorme atenciosamente HC
Criado em: 23/7/2023 14:17
|
|
_________________
" An ye harm none, do what ye will " |
||
![]() |