Sobre vivermos em uma sociedade cada vez mais fria
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25/8 13:47
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Parece irônico,

Vivemos em um mundo que apesar de estar cada vez mais quente com o aquecimento global, esta repleto de corações gelados, as pessoas de hoje não se interessam pelo profundo, são rasas, frias, perderam a característica rica do amor e passaram a temer o "se joga", não existe mais a beleza na melancolia do amor, o fulgor de amar alguém, a chama de uma paixão incompreensível, hoje, tudo isso é resumido a um termo pejorativo "Emocionado".

O que antes, gerava musicas, poemas e a mais bela pintura, hoje é descartado como se não fosse nada.

Deixo aqui minha reflexão, os tempos de intensidade e profundidade irão voltar?

Criado em: 25/8 14:47
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Aqui jaz alguém que não pode ser metade.
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Sociedade "fria"? p/ Gabriel-Tavares
Administrador
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2/10/2021 14:11
Mensagens: 810
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Não sei se será bem assim.

Desde sempre que as gerações mais velhas se queixam da decadência da geração seguinte.

Realmente, vivemos tempos muito desafiantes nos pontos que refere: o ambiente, as relações humanas, a criação artística... Mas não reconheço na geração X (os nascidos algures entre meados de 1960 e 1980), de que faço parte, virtudes muito superiores aos Zoomers de hoje. E conforme avanço no passado, mais reservas tenho em relação a nostalgias de um mundo melhor.

Há uns anos, li um livro de Matt Ridley, intitulado "O otimista racional", que o Gabriel talvez ache interessante, se é que não o conhece.

Para o autor, em perspetiva, olhando para o passado, o mundo presente é, apesar de tudo, um lugar ótimo para se viver.

Por exemplo, se alguém olhar para o século XIX como um tempo de felicidade ingénua sem as pressões do mundo moderno, é fácil mostrar como as doenças, a falta de conforto e de higiene, a crueldade e a violência, a ausência de educação e bens culturais etc. seriam inaceitáveis para alguém que vive na atualidade.

Aliás, basta ler os nossos clássicos Camilo e Eça, para citar apenas os que toda a gente conhece da escola, e ficamos esclarecidos sobre o Portugal dessa altura.

Enfim, como em tudo, há que olhar para os fenómenos com a relatividade que a sua complexidade exige. O que não quer dizer que estejamos passivamente satisfeitos com o presente e que não tenhamos o desejo de o mudar, nem que seja à nossa pequena escala pessoal.

Criado em: Hoje 13:59:47
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