Comentário: "a verdade, o fogo e a desilusão" p/ RB e A.Maya |
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Parabéns ao Rogério pelo poema e à Alice por esta incursão no Espaço Crítico, que esperamos que seja a primeira de muitas. Já se viu que capacidades e sensibilidade não lhe faltam -- e bons pretextos para análise literária também não :) A propósito: gostei tanto do equívoco pirogamia/piromania, que escrevi um poema sobre o assunto. Se quiserem ler, é uma espécie de homenagem a ambos. Abraços.
Criado em: 27/3 20:36
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Re: A Música que nos inspira |
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Há canções que se transfiguram completamente quando mudam os intérpretes ou quando muda o contexto em que são cantadas. Há uma série da HBO, chamada "Somebody Somewhere", em que uma personagem que está a passar uma fase especialmente difícil canta "Don't give up", de Peter Gabriel. A cena é representada com tanta autenticidade e a canção é tão adequada à situação que o resultado é um momento mágico. "In this proud land we grew up strong We were wanted all along I was taught to fight, taught to win I never thought I could fail No fight left or so it seems I am a man whose dreams have all deserted I've changed my face, I've changed my name But no-one wants you when you lose Don't give up 'cause you have friends Don't give up you're not beaten yet Don't give up 'cause somewhere there's a place where we belong..."
Criado em: 15/3 22:47
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Re: CINEMA - Os filmes da minha vida |
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Por que razão haveríamos de ver um filme que nos deixa desconfortáveis? É verdade que o cinema pode ser muito compensador como forma de evasão, mas também precisamos dele como provocação disruptiva, que nos leve a lugares e a situações de que temos receio e com que preferíamos não ter de lidar. Viver outras vidas, sim, mas nem sempre douradas pela fotografia perfeita e pela bela banda sonora. Desse ponto de vista, um filme como "Uma mulher sob influência", de John Cassavetes, continua a valer bem a pena, numa altura em que se comemoram 50 anos da sua estreia. Um filme com uma atriz que faz parte do melhor que o cinema norte-americano nos deu (Gena Rowlands), a representar uma figura que oscila entre a mais bela pureza e o grotesco mais constrangedor. Os espaços onde se movimenta e as personagens com quem convive tornam o ambiente ainda mais perturbador, até porque facilmente nos colocamos nesse lugar e sentimos como verdade aquilo que vivem os atores. Digo "vivem" porque estamos perante técnicas de encenação que procuram muito mais o realismo das situações representadas do que a perfeição formal dos enquadramentos ou da iluminação. Para isso, Cassavetes recorreu a atores não profissionais, incluindo amigos e a própria família, para contar esta história. Acho particularmente curioso o facto de Cassavetes ser um ator conhecido do cinema mainstream de Hollywood (fez parte dos famosos "Doze Indomáveis Patifes") e usar os seus honorários para criar filmes nos antípodas do que os grandes estúdios faziam. Recentemente, a RTP2 apresentou um ciclo de filmes de John Cassavetes, que ainda estão disponíveis na RTP Play, incluindo "A Woman Under the Influence".
Criado em: 2/3 13:17
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Hitchcock p/ AliceMaya |
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Olá, Alice. Contactei pela primeira vez com Hitchcock como tu, com a série que, sim, era a preto e branco e que começava com a "Marcha fúnebre para uma marioneta", do compositor novecentista Charles Gounod. Depois aparecia a silhueta do nosso homem, que nos vem cumprimentar com o sotaque mais britânico que poderemos imaginar. Mais tarde, foi com João Bénard da Costa que aprendi um pouco mais sobre este realizador. Este grande cinéfilo português tinha um programa na RTP2 em que selecionava vários filmes de um realizador e comentava-os no final. Eu adorava os ciclos que fazia e foi com ele que conheci melhor cineastas como Ingmar Bergman, Roman Polanski ou Alfred Hitchcock. Está na hora de rever os filmes de Hitch e o primeiro será, quase de certeza, "A Casa Encantada" (Spellbound, no original). Lembro-me vagamente de Bénard da Costa falar na importância do inconsciente (há uma sequência com a colaboração de Dali), bem como da iluminação neste filme. Dois elementos que me têm vindo a interessar cada vez mais no cinema em geral (e também na poesia).
Criado em: 22/2 22:14
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Re: CINEMA - Os filmes da minha vida |
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Não há duas sem três, nem quatro sem cinco. Já tínhamos espaços no fórum para partilha de música, livros, curtas-metragens e fotografias. Agora chegou a vez do cinema. Nos últimos tempos, ando a ver filmes mais antigos e um dos que mais me impressionou foi "The Night of the Hunter" (em Portugal, "A Sombra do Caçador"; no Brasil, "O Mensageiro do Diabo"). Estreou em 1955 e foi o único filme realizado por Charles Laughton, mais conhecido como ator. "The Night of the Hunter" é notável a todos os níveis. O enredo, a interpretação, a fotografia, a carga simbólica das suas imagens e das suas palavras -- tudo isso continua a impressionar passados tantos anos. Quem gosta de cinema não deixará de reconhecer a sua influência em cineastas como Tim Burton ou David Lynch. Deixo em baixo algumas imagens do filme.
Criado em: 14/2 13:29
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Re: A Música que nos inspira p/ HC |
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A Vera Sola é uma cantora a seguir. Só conhecia uma outra canção dela que tem um vídeo muito forte: Curiosidade: Ela é filha do Dan Aykroyd -- esse mesmo, o do Caça-Fantasmas :)
Criado em: 5/2 16:45
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Re: A Música que nos inspira |
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thomas feiner & anywhen: "for now" tradução livre: por agora só há proximidade na distância só há longe no aqui a solidão é a melhor viagem retiro-me bem e mal sozinho se fracassar, fracassei que o relógio dê o alerta para uma hora de descanso por agora esqueçamos o desespero esqueçamos a esperança percamo-nos para nos encontrarmos recuperemos para libertarmos apenas mais um passo no percurso a morte está apenas a um fôlego de distância e a vida também vemo-lo, nunca o saberemos (o que nos assusta mais?) por agora esqueçamos o desespero esqueçamos a esperança todos os anseios que correm nas tuas veias quando partires, partiste todos os anseios que correm nos teus pensamentos quando chegares, chegaste só há proximidade no abandono da esperança no abandono do desespero contemplo o curso das coisas neste ponto da vida que é o agora este ponto da vida por agora Getting close by going far away Going far by staying here To the kind of place Where lonely is travelling best Leaving ill and well alone If all fails All fails Let the clock strike upon this resting hour For now For now Leaving point despair Leaving point hope Getting lost to find a way back home Getting back by letting go Make another footfall In the flow of things And death is just a breath away But so is life Seeing this, but knowing not Which scares the most For now For now Leaving point despair Leaving point hope Whatever worry Running through the veins When you go, we go Whatever worry Racing through the head When you're there You're there Getting close Abandoning point hope Leaving point despair Looking up from the rush of things In a point of life That is now A point of life For now
Criado em: 3/2 18:10
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Re: A Música que nos inspira |
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Canção perfeita para um domingo de sol: "Perfect Lovesong", dos Divine Comedy. Uma melodia leve ao serviço de uma letra extraordinária, com várias camadas, em que se misturam referências a clássicos da música pop e da literatura, e com uma das melhores comparações sobre Amor que já vi: I'll match you pound for pound Like heavy-weights in the final round We'll hold on to each other So we don't fall down Bom domingo!
Criado em: 21/1 12:42
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Re: Café com Versos |
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É com muita satisfação que faço parte deste projeto. Já há algum tempo que sentia que fazia falta um espaço no site onde os utilizadores do Luso-Poemas pudessem trocar impressões "de viva voz" sobre aquilo que os motiva e apaixona na Poesia.
Agradeço a todos os que deixaram aqui os seus comentários, nomeadamente à Aline, ao Alemtagus e ao Rogério, que aceitaram o desafio de participar nesta primeira sessão. Deixo também o meu reconhecimento à administração do Luso-Poemas, pela disponibilidade que teve em acolher esta ideia e pela confiança que depositou em nós para a implementar. Em particular, agradeço à HorrorisCausa. Todos sabemos que é uma pessoa especial, pela qualidade da sua escrita, pela perspicácia das suas intervenções e pelo seu humor contagiante. Para além disso tudo, graças a este projeto, pude contactar com outras características desta nossa companheira: paciência, perseverança e um forte sentido comunitário, sendo capaz de agregar vontades e estimular o que têm de melhor as pessoas que constituem os grupos de que faz parte. Para além de uma humildade desconcertante, que é um exemplo inspirador para mim e para quem com ela convive. Graças a estas qualidades é que foi possível avançar para um desafio como este, sem que tivéssemos qualquer tipo de experiência, aceitando expor as nossas fragilidades enquanto vozes-mediadoras dos nossos convidados. Acho que atingimos os nossos principais objetivos, sendo certo que ainda há muito para melhorar. Votos de um novo ano com muita inspiração!
Criado em: 2/1 8:50
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Café com Versos - FORMULÁRIO |
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Formulário para inscrição no "Café com Versos":
https://tinyurl.com/cafecomversos
Criado em: 2/1 8:49
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