Volto a sublinhar, Caíto (e restantes aministradores), que há necessidade de bom senso quando há a aplicação de regulamentos deste tipo de sítio. Os regulamentos não são nem devem ser "mandamentos". Não podem ser mais do que directrizes de suporte e alinho para o site, para quem o usa e para tabelar/orientar possíveis tomadas de decisão administrativas.

O que está a acontecer vai ter um efeito preverso que é, em vez de concentrar tudo em determinados tópicos, obriga à dispersão por um "sem número" de outros. Parece-me uma má opção e provocatório.

Nota para o facto de este tipo de tópicos acabarem por se revelar de interesse geral e populares (o que os torna particularmente ricos) ou não teriam a variedade de participantes que têm e a diversidade de conteúdos que se podem lá encontrar.

Chamo a atenção para a incoerência a que é o apregoar-se liberdade de expressão e depois pôr-lhe um cadeado em cima.

Valdevinoxis

Fala-se em liberdade de expressão, pois fala; e quem fala? Quem tem capacidade de argumentar, bom senso, civismo e bom trato com todos.
Entre esses o Xavier Zarco, que nunca foi indelicado com ninguém e apesar de o terem sido com ele é contra o botão apagar.
Quem é a favor do botão apagar? Justamente e na maioria, quem não tem capacidade de argumentação e parte com facilidade para o insulto; a esses o botão serve, sobretudo para apagar aquilo que insensatamente dizem e que os deixa ficar mal para a posteridade; isso não convém mesmo, nem é tanto porque são insultados, que isso raramente ocorre; é porque vêem criticados textos ou ideias mal concebidas, tanto em termos de construção literária como imbuídas de sentimentos mesquinhos e ridículos, como vitimizações ou meta-poemas.
Houve um autor visado por uma coluna, como é evidente, foi mal interpretado, até achincalhado, porque quem o leu não tem abertura de espírito para entender a escrita, nem capacidade para interpretar para além da sua falsa tolerância, falsa humildade, falsa humanidade.
Já agora um autor, com uma visão da literatura não se pode manifestar e escrever o que pensa? Deve enfiar-se num casulo só para não ser tido por vaidoso, ou outros epítetos com que possam brindá-lo pseudo-escritores menores, que se fingem autênticos, mas no fundo se tentam aproximar em qualidade do que desdenham, com aquela frustração que não conseguem esconder, pela impotência e fragilidade das suas mentes tacanhas? Acho aquela coluna imensamente tacanha; bastava o não leia, não comente, mas ainda tem a banana. Coisa de mau-gosto mesmo; leio e vejo a diferença entre este e outros autores visados.
Viva a liberdade de expressão, ainda bem que há autores com bananas onde eles mesmos escorregam, porque as suas quedas, mais elevam os melhores.
Abaixo o botão da vergonha.

Olha!, e eu a pensar que ainda hoje tinha posto neste tópico o verbo "upar"! Bom, deve ser da idade!, muito certamente não terá sido objecto de "apagar". Upa e upa, topicozinho, faz jus ao teu antecessor, que vais directo para o topo com este meu upar!

Porreiro, pá!, dizia o outro, e digo eu. Não é que a mensagem acima se mantém e este tópico também? Fabuloso!

Porque a memória vale o que vale, cá vai:

"Camaradas,
Sou contra o botão "apagar" (e eu convencido que tinha a designação "delete", mea culpa - ando desactualizado) porque:
1 - Entendo que quem por aqui anda deve ser suficientemente adulto para saber que são textos que devem ser criticados, não pessoas;
2 - Havendo um Regulamento, e tendo esse Regulamento sido aceite por quem aqui se encontra registrado, o mesmo deve ser respeitado;
3 - Não considero o Luso-Poemas um conjunto de pequenos quintais, mas um local onde cada um pode produzir o que bem entender, mas, tal como ocorre no mundo dito real, deve ter plena consciência que o produto da sua criação vai estar sujeito à crítica;
4 - Se não fosse o acto crítico, muito certamente que eu, como autor, não teria os múltiplos registros que utilizo, apesar de ter (segundo dizem) aquilo a que se designa por voz própria;
5 - Exemplo de críticas que, se eu utilizasse o dito botão, tendo em atenção o que por aqui amiúde ocorre, seriam certamente objecto de "apagão":
5.1 - "O livro dos murmúrios", meu livro de estreia, recebeu críticas do género: pelo pendor minimalista, fotocópia mal tirada de Lacerda;
5.2 - "O guardador das águas" e "O livro do regresso": passadista, pelo pendor temático ligado a espaços rurais;
5.3 - "Variações sobre tema de Vítor Matos e Sá: A invenção de Eros": pela temática amorosa, poética lamechas;
5.4 - "Dizer do Pó": pelo peso dos recursos intertextuais, demasiadamente cerebral.
6 - Os exemplos acima demonstram a possibilidade de pensarmos sobre a nossa criação porque não surgem de nós, mas de quem nos leu. E nada há de mais importante do que saber que somos de facto lidos.
Um abraço
Xavier Zarco"



in "http://www.luso-poemas.net/modules/ne ... 9515#forumpost19515" (último acesso a 16.01.2012)

Digo não ao botão apagar!

espero que não voltem a bloquear este tópico por ter vindo aqui upinar.

Cara Conceição,
"Upinar" nunca fez mal a tópico algum, a não ser a quem tem problemas de urticária intelectual. Mas há um bom remédio para tal: anestesia-se os neurónios que ainda funcionam e pronto, voilá! Ficam tal qual os outros.
Um beijo
Xavier Zarco

Pois é Zarco depende da capacidade dos neurónios e na concentração do upinar.

beijo

Conceição Bernardino

boas,
...tambem nao concordo com esta coisa de "delete", até porque muitas das vezes as pessoas esquecem-se do que sao feitos os comentários ou entao esquecem-se do que dizem nesses mesmos. gosto da ousadia em diferentes contextos.quem deve apagar o comentário é o proprio comentador...se assim o entender.

Justamente quem é a favor do apagar, já apagou comentários e insultos e provocações que fez, assim como justas respostas aos mesmos. Esquecem assim o seu próprio veneno e podem impunemente acusar as suas próprias vítimas. Estou a lembrar do caso phodavóny, que me foi imputado, quando nada tenho a ver com tal poema, aliás muito apreciado até por quem está na administração.
Quanto a rosas perfumadas ou não enfie carapuças quem quiser, porque também me fizeram umas que eu enfiei, outras não. É a vida, quem vai à guerra dá e leva. Agora coisa que nunca fiz, foi inventar mentiras nas costas dos outros. Sempre joguei limpo e não fico a remoer; dou e levo, mas não tento aproximações fingidas, arrependimentos fingidos, para conseguir a confiança de alguém e depois voltar ao mesmo.
Sou capaz de desculpar, porque os ânimos acendem e arrefecem. Agora, dar à falsa fé, nunca. E aqui há disso, infelizmente, basta abrir os olhos para ver.
É por isso que admiro a ConceiçãoB, que é uma peste, mas não é falsa, diz o que lhe vai, mas também é um coração de manteiga, infelizmente desses que facilmente se deixam enganar, como eu.

Por isto tudo é que o apagar também é altamente prejudicial e desestabilizador, porque a memória costuma ser muito curta.

Roque