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Camarada,
Numa espécie de pausa, pouso por estes teus tópicos que são bastante interessantes, sobretudo porque nos traz uma visão sobre livros de autores que conhecemos, ou julgamos conhecer (conhecer a pessoa é uma coisa, o autor é outra).
Sobre esta obra que trazes no teu texto, até à data, nada tinha escrito ou dito de forma pública. Todos sabem que, na grande maioria do casos não aprecio o estilo como a autora desenvolve o seu poema.
No entanto, tive conhecimento da mesma, já não me recordo se pela Temas ou se por outra chancela com que colaborava, mas julgo eu que foi já pela Temas Originais, mas isto são meros detalhes.
Muitas vezes digo, e volto a reafirmar, que um livro é muito mais do que a soma dos poemas nestes inscritos, ultrapassa essa dimensão.
Nesta obra, que pensava ter em livro físico, afinal não a possuo, sendo idêntica ao original a que tive acesso, devo dizer que fiquei surpreso com a sua organização interna, a qual melhora, e em muito, cada um dos seus fragmentos, ou seja: tal como vários fios de água que vão confluindo para a construção do rio.
Hoje, e naturalmente (nada tem que ver com o facto de um livro ter sido editado pela minha editora), tenho uma ideia mais clara sobre a orgânica do livro em Vóny Ferreira: um misto de risco aliado a uma coerência interna bastante rígida. Aliança entre risco e rigidez?, sim: por um lado, a forma como lida com a caracterização das personagens e outra como articula o factor tempo.
E referi acima isto das personagens e tempo porque, em Cascatas é exactamente o que ocorre, o sujeito poético vai-se definindo, mas gradualmente, tendo o pico quase rente ao fim para, de novo, se entregar numa espécie de caminho cumprindo, daí ter utilizado a tal simbologia da água.
Este é dos tais que, na minha perspectiva, o leitor deve ler de fio a pavio, de uma ponta a outra, excepto, claro, quem aprecie o seu poema solto.
Um abraço
Xavier Zarco

Agradeço naturalmente ao Poeta Carlos Teixeira Luis a leitura que fez aqui do meu livro de poesia e prosa poética Cascata de Sílabas.
O que me vai movendo cada vez mais para a escrita é não só essa enternecedora necessidade de escrever que me acompanha desde os tempos de menina, como as incontáveis vozes que se manifestaram ao longo destes anos em que fui escrevendo primeiramente para jornais dispersos e só depois de já ter 3 livros publicados de poesia, me aventurei a mostrar-me aqui, como autora, no Luso Poemas, onde fui sempre maioritariamente acarinhada. Vê-se, quer queiram, quer não... pela média de leituras que sempre consegui ter ao longo destes anos neste e noutros sites onde colaboro. E não só...
-Pela quantidade de postes de poemas meus feitos fundamentalmente em blogs Brasileiros, por pessoas que nem conheço. Curioso... como há dias fazendo uma pesquisa com o meu nome no Google, me apercebi que até no jornal Correio da Manhã, veio recentemente uma referência a um poema meu dedicado aos emigrantes.Emigrantes em mais uma partida - Domingo - Correio da Manhã http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/not ... antes-em-mais-uma-partida


Mais Exemplos do Google: Profile Icon
Jussara Riveros replied to mody Ibrahem's discussion 'Love hurts.' in the group POEM LOVERS.

Jussara Riveros Comment by Jussara Riveros on October 29, 2011 at 2:58am
♥LOVE: I, LOVE, I ...

♥I comb the words
that you praise
that are extinguished
later ...
pupils in the open
do you cry
and I fall asleep.
instigate
close
Resurface.

♥I love, I ...
I'm one step closer
all
orphan run to you
seen the world
and naked
aware
I do not have anything!

♥I love, I ...
Desfivelo belt
that you squeeze
and tarry
and hold you
in floods of despair

♥♥Text of the Poet Vóny Ferreira
♥Video edited by poet Wanda F. Bezerra
Jussara ♥

Ou outro exemplo: http://submissa.cerisediva.com.br/frases/vony-ferreira/


Só me posso sentir uma privilegiada por isso tudo, já que repito a escrita para mim é quase que respirar. Andei na escola dos poetas da rua, que escreviam nos papeis borrados que deixavam nos becos mais escuros sempre que tinha necessidade de o fazer.
Certa e obviamente nem todos gostarão do que escrevo. Estranho seria essa unanimidade, por isso não me incomoda de forma alguma a opinião do Xavier Zarco, e de outros. Primeiro, porque não escrevo com quaisquer tipo de pretensões, segundo, porque por mais avalizado que seja a opinião desse Poeta, é a sua, e vale o que vale, por muito premiado que tenha sido. Confesso sem qualquer tipo de constrangimento que eu própria não sou grande apreciadora do que ele escreve, o que acontece com poetas até consagradíssimos, o que comprova sobremaneira que em termos de sensibilidade poética há sempre autores com quem nos identificamos mais.
A si Carlos deixo-lhe um link,http://pipinhasferreira.blogspot.com/
onde fica registado o seu parecer porque o acho generoso e despretensioso quer como homem quer como Poeta.
Agradeço ao Xavier Zarco a sua opinião naturalmente.
Abraço-vos, agradecida.
Vóny Ferreira



http://pipinhasferreira.blogspot.com/