ponto na coisa, coisa no ponto
sem nome
Caros escritores e leitores do Luso-Poemas,

Tinha previsto durante esta noite, publicar como habitualmente algo do que escrevo, mas ao ler a carta publicada pelo companheiro José Torres, depois de pensar um pouco, sim porque eu, apesar de não parecer, também penso, mas dizia eu, depois de pensar um pouco, decidi não o fazer e, antes disso deixar aqui o que penso sobre algumas coisas desta comunidade.

Direi antes de mais, que o que o José escreveu, são “tiros” certeiros nos objectivos a atingir. Obviamente que por a carta se destinar a uma só pessoa, outros “tiros” ficaram por “disparar” em direcções muito carenciadas deles.

É a essas direcções que me vou dirigir. Apesar se ser um recém-chegado, depois de ponderar devidamente, achei que não me devia coibir de o fazer. Até porque para mim a antiguidade não é e nunca foi para mim um posto. Embora eu saiba que é uma doutrina, acerrimamente defendida por muitos, por questões de conveniência.

Essa postura traz-me à ideia um pensamento terrível, de que talvez seja baseado nessa doutrina, que as crianças são tão desprezadas, violentadas e negligenciadas, na nossa sociedade. Exactamente por serem recém-chegadas a ela. Sendo por isso, despidas de direitos.

Indo agora directo ao assunto ou assuntos, quero dizer que sendo o Luso-Poemas, um espaço para os amantes da poesia e da escrita sob todas as formas. Existem por aqui demasiados comportamentos, que são uma autêntica falta de respeito à poesia e à escrita em geral.

Ora vejamos, segundo as regas do site, são permitidos colocar três poemas ou textos por hora a cada membro. Se fizermos as contas cada membro poderá colocar por dia uma enormidade de poemas ou textos. Há quem o faça, aliás há muitos que o fazem e diariamente.

Mas pergunto eu debaixo da minha ignorância, alguém intelectualmente sério, acha que pode criar três poemas ou textos por hora, com o mínimo de qualidade? Em minha opinião não! Claro, mas eu sou ignorante, como tal a minha opinião não conta.

Mesmo a minha opinião não contando, eu munido do meu descaramento, vou continuar. Nem três escritos decentes por dia se conseguem, às vezes nem por semana. Mas apesar disso há quem publique regularmente, três, seis, nove e até doze por dia. Meus caros/as sejamos sérios e, se não nos respeitamos a nós mesmos, respeitemos ao menos, algo que merece muito respeito: a Poesia e a Escrita em geral. Deixemo-nos de procurar deliberadamente protagonismos estúpidos.

Neste capítulo o Luso-Poemas pode e, em minha opinião deverá ter uma palavra importante em relação a isso.

Na minha opinião, a publicação de três textos por dia a cada membro do site, seria mais do que suficiente e, mesmo assim produzir três bons poemas por dia, convenhamos que já é obra. Camões se visitasse hoje em dia por cá viesse, ficaria assustado, como é que hoje em dia há quem numa semana consiga produzir uma obra do tamanho dos Lusíadas, coisa que ele levou uma vida a fazer. Três textos por dia permitia que as pessoas fossem mais sensatas e dessem mais qualidade ao que publicam, permitindo ao mesmo tempo, mais espaço para uma leitura mais cuidada do que se publica no site.



Há um outro aspecto que eu vou abordar, que é bem sintomático do que acima está descrito. Há por aqui alguns membros, que por algum motivo e mérito, ganharam notoriedade no site. Acho muito bem que se dê mérito a quem o tem. Mas tenham lá santa paciência, o que não pode acontecer é, que sempre que um notável publica alguma coisa, mesmo sem a qualidade desejada, vá logo um conjunto de pessoas ler e comentar, só porque se trata de um notável. A verdade, é que nem sempre estamos inspirados, nem sempre as coisas correm bem, mesmo aos notáveis. A pressão que as pessoas sentem, por um estatuto adquirido, leva-as em desespero de causa, a publicar qualquer coisa, mesmo que seja para dizer apenas que ainda não secaram.

Muito mais haveria para abordar, mas para não ser maçador hoje fico por aqui. Deixo no entanto o pedido. Sejamos um pouco mais coerentes, respeitemos de facto aquilo que todos por aqui gostamos e amamos: A Poesia: A Escrita em geral

Isto é a minha opinião, que vale o que vale, naturalmente.

Saudações cordiais,


antónio paiva

Criado em: 26/8/2007 20:56
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Re: ponto na coisa, coisa no ponto
Administrador
Membro desde:
27/10/2006 19:09
De Aguiar, Viana do Alentejo
Mensagens: 2097
A questão da qualidade, meu caro, é um pau de dois bicos. O que é qualidade para si pode não ser para outro e assim por diante e, ao limitar-se a quantidade de textos a publicar só adia a sua publicação e não melhora a "qualidade" (este conceito, para mim, não é aplicável).
Houve tempos em que não havia, rigorosamente, nenhum limite... passou a haver porque houve mais que um caso de publicação de uma quantidade absurda de textos (houve quem o chegasse a fazer com mais de centena de uma vez!!!) O limite já foi de 5 textos de 24 em 24 horas mas as pessoas punham cinco textos e só voltavam após esse tempo para voltar a fazer o mesmo. A opção actual é menos restritiva e mais plural em termos de uso do site.
Quanto à questão dos notáveis... bem essa é velha e incontornável. Depende, única e simplesmente de quem comenta e das preferências que tem. Concorde-se ou não, é com cada um.
Em relação às situações de ofensa, agressão, desavenças, desacordos ou outras quesílias que tais, devem ser comunicadas à administração, por forma a haver uma mediação (se necessária ou for caso disso) ou uma tomada de medidas mais restrita ou correctiva. Neste tipo de situação, é totalmente desaconselhável a publicação de textos, respostas, ou mensagens publicas e comentáveis por outros. O resultado é sempre uma bola de neve que tende a ficar fora de controlo.
Neste seu texto, desagradou-me fortemente ler "Em minha opinião não! Claro, mas eu sou ignorante, como tal a minha opinião não conta."! Todas as opiniões contam e é delas que se vai construindo o site. É com elas que se vão corrigindo erros e melhorando desempenhos.

Saudações igualmente cordiais

Valdevinoxis

Criado em: 26/8/2007 23:00
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A boa convivência não é uma questão de tolerância.
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Re: ponto na coisa, coisa no ponto
sem nome
Estou completamente de acorod com o que foi dito pelo nosso António, e discordo na totalidade das palavras redigidas pelo administrador Valdevinoxis.
Portanto, há que tomar determinadas medidas para que não haja um abusurdo pesar poético, ou seja, não haver limites na escrita das pessoas, mas sim, poder se criar um campo qualitativo ao que fora postado no luso-poemas por cada poeta desta casa.
Atentamente...

Criado em: 26/8/2007 23:45
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Re: ponto na coisa, coisa no ponto
sem nome
Caro Valdevinox

Obviamente que não preciso de fazer aqui uma oratória, a dizer que o estimo. Isso é um facto.

Lamento tê-lo desapontado, com as afirmações menos abonatórias que fiz em relação à minha pessoa. Ma isso é um direito que eu tenho, de falar de mim e sobre mim, como eu julgar que o devo fazer.

Pelos vistos por aqui está tudo bem. Eu, é que erradamente acho que não. Mais uma vez peço desculpa pela minha impertinência e falta de sentido de oportunidade.

Coloco desde já aqui, uma pedra sobre o assunto. Não voltarei a fazer qualquer referência a ele, independentemente, das opiniões que se sigam ou não.

Cordiais saudações,

antónio paiva

Criado em: 26/8/2007 23:55
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Re: ponto na coisa, coisa no ponto
sem nome
O António está de todo certo.
Concordo plenamente nas suas palavras, pois, o que este site tem de fazer é saber seleccionar qualidade textual.

Criado em: 26/8/2007 23:59
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Re: ponto na coisa, coisa no ponto
Administrador
Membro desde:
15/2/2007 12:46
De Porto
Mensagens: 3597
Sejamos razoáveis..se existe forma de controlar quantativamente (excessos de apostas), o que a admnistração deste site e na sua liberdade achou por bem limitar, já não é possìvel no que respeita à qualidade, visto que a qualidade assenta em critérios não paupáveis, de dimensão pessoal ao qual a admnistração está alheia e isenta.

Posto isto cabe a cada um de nós(como em tudo na vida) ter a noção do razoavel e gerir nossos intentos...ora em prol individual , ora em prol geral..a escolha é minha! nossa!

Criado em: 27/8/2007 19:07
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Re: ponto na coisa, coisa no ponto
Administrador
Membro desde:
27/10/2006 19:09
De Aguiar, Viana do Alentejo
Mensagens: 2097
Caro Paiva do Continente na Madeira... sem animosidades, não tive essa intenção, se bem que por vezes me estique.
As coisas nunca estão todas bem e só o Cavaco é que nunca tem dúvidas e raramente se engana. É das opiniões francas que as coisas se fazem e, dessas estamos todos ávidos.
Se todos estivéssemos de acordo e gostássemos todos do mesmo, isto era uma pasmaceira... uma chatice pegada. Por isso ninguém está errado, bem como ninguém está certo... é o balanço equilibrado entre os dois que torna tudo funcional e muito entusiasmante.

E por favor, não me chamem administrador porque fico com a sensação que a minha folha de salário tem muitos algarismos. Como não tenho o proveito, também não quero a fama (eheh).

O utilizador com competências na administração.

Valdevinoxis

Criado em: 27/8/2007 22:24
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