16/02/2007 | A balança |
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Eu consigo me resumir ao ponto mais infimo da existência Ser lixo bem acalcado para não ocupar espaço Consigo ser dor em cada centimetro de meu corpo Ser corda ao pescoço, lâmina nos pulsos... Tu consegues me expandir, me fazer infindo, além de um ponto Sabes ir buscar ao lixo a minha vida amarrotada e clamá-la Consegues ser amor em cada milímetro da minha alma Ser apoio e alegria, escova nos cabelos, carinho no rosto... O meu maior desgosto é este meio termo, é este não ser nada É este estar, este ficar sentado olhando uma balança equilibrada. É ver-te sentada num prato e eu no outro esperando Que em algum momento de desiquilibrio te precipites me amando.
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