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Re: A brilhante lógica e conclusões de Cavanna (excerto das "As Sagradas Escrituras")

Membro desde:
2/3/2007 19:42
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Tudo isto dá que pensar!
E mais não digo...

Criado em: 4/5/2012 21:54
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Re: "Apagar", não porque... 2

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2/3/2007 19:42
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Alberto
Muito obrigado pelo seu testemunho de vida!
É importante não esquecer o antes para que se saiba onde o depois tem valor(ou então, não).

Criado em: 30/4/2012 16:04
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Re: "Apagar", não porque... 2

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2/3/2007 19:42
De Queluz
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Sim, Roque, podia; pois podia, mas aquelas foram recolhidas num grupo ao qual pertenço no facebook(Amigos da Serra do Açor), com testemunhos de gente simples e que viveu e sentiu na pele muitas dessas restrições. Li, gostei; e como sou de impulsos...

Criado em: 29/4/2012 16:36
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Re: "Apagar", não porque... 2

Membro desde:
2/3/2007 19:42
De Queluz
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Ainda a propósito do 25 de Abril...


Já um pouco fora de tempo, mas ainda muito a tempo de não deixar passar este resumo/pesquisa que me pareceu bem interessante.

As coisas que não se podiam fazer nem dizer antes do 25 de Abril.



Trinta e oito anos depois da Revolução, recordamos o país antes de Abril. Onde falar podia levar à cadeia. Vivíamos num Portugal amordaçado. Nesse tempo eu ainda não era nascido, não me lembro de nada do 25 de Abril, apenas sei histórias do que se passaram, mas nunca as entendi. Na tarde do dia 25 de Abril de 2012, que se fez sentir com grande chuva, aproveitei esse tempo e andei a passear pela internet a ler coisas de outros tempos, e pedi ajuda aos amigos do Facebook sobre as coisas que não se podiam fazer nem dizer antes do 25 de Abril. Na qual fico muito grato. Sem a vossa colaboração este trabalho não era a mesma coisa, muitas das minhas palavras são as vossas...

Encontrei algo tao estranho e tao simples como por exemplo.


Antes do 25 de Abril, nas escolas as meninas e os meninos tinham salas e recreios diferentes. Fiquei espantado, qual seria o motivo que levara a separar os meninos de escola, que nem brincar podiam faze-lo juntos.

A coca-cola era proibida em Portugal mas no ultramar ou nas ex-colónias, todos a bebiam, não era proibia. Foi-me dito que era por causa da concorrência dos vinhos produzidos e vendidos em Portugal. Tenho o testemunho de um amigo, cuja sua naturalidade é Angola, que me disse um dia em conversa “quando cheguei a Portugal mais o meu irmão pedimos uma coca-cola e a resposta do Sr.º da mercearia foi o que é isso?” Pois em Angola bebiam o tao delicioso refrescante, e em Portugal nem sabiam o que era.

Sabiam que era preciso uma licença anual para uso de isqueiros, e que custava 10 escudos (dinheiro usado nessa altura) e era transportada pelo dono do isqueiro a sua falta implicava o pagamento de uma multa! Mas se fosse debaixo de telha que não era proibido, pois para os mais aventureiros trazia um bocado de uma telha para acenderem o seu cigarro em “liberdade”. Fiquei a saber que licença dos isqueiros foi a partir da fundação da Fosforeira Nacional, era para incentivar o pessoal a comprar fósforos... (caso para dizer, manda quem pode mandar).

Ou desde a falta de liberdade a todos os níveis até á simples opinião pessoal, as pessoas viviam numa miséria, principalmente as do campo, por não existir nenhum sistema de saúde organizado e gratuito que permitisse o aceso a quem mais precisava, sendo que não existia reformas e obviamente as pessoas não tinham dinheiro. O trabalho era pago em trocas de serviços.

Não podíamos pisar nem a relva dos jardins nem tocar mas flores, no entanto estes estavam mais limpos. Pagava-se uma multa por cuspir para o chão, havia multas para quem suja-se o chão.
E que nem os pobres aqueles que não tinham mesmo nada, podiam pedir esmolas na rua, não havia sem-abrigos, mas sim a chamada Mitra onde alojavam os pobres.

De noite duas pessoas não podiam estacionar a conversar era considerado uma manifestação. Ninguém podia ser funcionário público, sem assinar um documento declarando não pertencer a nenhuma organização.

As mulheres não podiam usar calças e as saias era 20 centímetros do chão sem chegar ao joelho sequer.
As mulheres não podiam viajar para o estrangeiro sem autorização dos maridos.

O divórcio era proibido ao acordo estalecido com a Igreja Católica de 1914, pelo que todas as crianças nascidas de uma nova relação, posterior ao primeiro casamento eram consideradas ilegítimas.

Nem as crianças escapavam... não podiam jogar á bola na rua! Se fossem apanhados rasgavam-lhes a bola, parece mentira, mas foi-me dito por quem sofreu na “pele” e viveu histórias de vida, que, hoje contadas, parecem-se ou fazem lembrar anedotas, com o seguinte testemunho “eu gostava de jogar á bola e andava sempre no meio dos rapazes p me deixarem jogar lembro-me que ado vinha a policia levava a bola e tentavam saber quem eram os pais às vezes apanhavam e os pais pagavam uma multa não sei é o valor”
Isto é uns dos exemplos que eu desconhecia antes de meter nesta história, historias reais vividas que hoje contadas parecem histórias.

Mas continuando, com o assunto do 25 de Abril de 1974, em Portugal, não havia liberdade, existia censura, as pessoas não podiam dizer o que pensavam nem exprimir a sua opinião.
Havia uma polícia política, a PIDE, que controlava os cidadãos. A PIDE perseguia as pessoas que dissessem alguma coisa sobre o Governo ou sobre os governantes e, por isso havia muitos presos políticos.
E o amigo Alfredo Pereira disse: “ A guerra nas nossas colonias, ninguém podia falar, o estar a favor da Descolonização, nem pensar nisso. O meu Pai ensinou-me, a só ouvir, a BBC de Londres, ou a Rádio Moscovo, só bem à noite, sem ninguém o saber, ninguém podia dizer seja o que fosse que não fosse ideologia do Governo chefiado por Marcelo Caetano, por exemplo…próximo de nós poderia estar alguém que estava como nosso amigo, mas não era mais que alguém iria transmitir tudo o que fosse contra o Governo, e depois.poderia ser a prisão, só por umas simples palavras..... Devemos dizer que Marcelo Caetano fez algumas das principais reformas que o Pais nunca tinha tido, temos que ser realistas, os Militares de Abril fizeram a Revolução dos cravos, porquê?? por causa do Povo??...NÃO!!...não queriam era ir para a guerra do Ultramar, foi essa a causa, e mais nada.....diga-se que era o suficiente! chegava! mais cedo ou mais tarde Portugal teria que deixar as ex Colónias, e da Guerra vinham muitos militares com traumas, com problemas fisicos ou morriam por lá....lembro-me em S.Jorge da Beira minha Terra, havia muitas viúvas e bem novas.” Um testemunho notável.

Mesmo para quem tenha vivido nesse tempo, há por vezes dados que a memória foi apagando. Descobri numa pesquisa que fiz, que as mulheres apenas tiveram direito de voto depois de 1968? Que apenas em 1971, três anos antes do 25 de Abril.

Não havia Liberdade nem Democracia em Portugal, pois encontrava-se envolvido na guerra colonial em Angola, na Guiné e em Moçambique. Não havia Liberdade nem Paz. Em Portugal, nos tempos do Dr. Salazar todos se esforçaram por manter a mulher no papel tradicional de mãe, dona-de-casa e acima de tudo a mulher que era totalmente e voluntariamente e submissa ao marido.

Encontrei situações curiosas, que se não fossem a «verdade» do nosso passado tão próximo, hoje não deixariam de ser histórias fantásticas para animar jantares de famílias e até de amigos.
É de relembrar que por exemplo antes do 25 de Abril as mulheres casadas não podiam mexer nas suas propriedades!

As enfermeiras não podiam casar e as professoras não podiam casar com qualquer pessoa, sendo que caso quisessem prevaricar e experimentar o «casório» tinham que para isso de pedir autorização, que depois de concedida saía publicado em Diário da Republica e mais, estava também escrito que uma professora nunca poderia casar com alguém que ganhasse menos que ela!
Uma mulher casada não podia por exemplo ir para o estrangeiro sem que tivesse uma autorização do marido e também sem autorização não poderia trabalhar! Basicamente o marido tinha poder perante a lei para chegar ao local de trabalho da mulher e dizer que não a autorizava a trabalhar e ela tinha que ser despedida.

Muito mais havia para acrescentar e estou ciente que os testemunhos das mulheres desses dias serão coisas quase inacreditáveis para as mulheres dos dias de hoje…
E a finalizar nem sei que diga quando comparo isto aos dias de hoje, certo é que vivemos em dias complicados, nada fácies, o Pais atravessa uma grande crise, cada vez são mais os cortes, mas mesmo assim podemos dar como felizes quando comparemos aos dias de hoje.

Obrigado a todos pela vossa ajuda,
Carlos Alberto Santos Barata.

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Criado em: 29/4/2012 1:53
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Re: "Apagar", não porque... 2

Membro desde:
2/3/2007 19:42
De Queluz
Mensagens: 3731
O que mais me choca no 25 de Abril de hoje, é ver a indiferença dos mais novos perante uma coisa que foi um dos marcos mais importantes da nossa história. Não saberem nada de nada e nem se importarem sequer com isso... soubessem eles que se não tivessem havido homens de coragem para virar o rumo do País, eles hoje não seriam como são. Não teriam as coisas que têm(a mais) e não se comportariam como comportam(tantas vezes desrespeitando os mais velhos). Se não tivesse havido um 25 de Abril em 1974, muitos deles nem sequer cá estariam, pois se calhar os seus avós ou pais não teriam sobrevivido na guerra das colónias para onde eram obrigados a ir contra a sua vontade e o penoso desespero das famílias. Deveriam ser obrigados a ler "Os Cus de Judas" de António Lobo Antunes, para ficarem com uma ideia do que estou a dizer.
Por isso, meu amigo JLL, compreendo muito bem o desespero e a angústia da tua família(e de tantas outras na mesma situação), assim como compreendo as tuas palavras aqui deixadas hoje. Um beijinho grande para ti(ando sempre por aqui).
Amigo Zé Silveira, o teu vídeo é de uma importância grandiosa, tendo em conta que foi feito a partir de trabalhos de crianças e das motivações que lhe deram origem. Muito obrigado por o teres trazido até aqui, para mim. Um beijinho grande também para ti, amigo do outro lado do oceano mas tão perto de todos nós.
Sandra, hoje as couves e as cenouras deram lugar aos cravos rubros, portanto, não há motivo para alarmes de maior... já vi muito pior por aqui! Beijo também para ti.

Criado em: 25/4/2012 22:02
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Re: "Apagar", não porque... 2

Membro desde:
2/3/2007 19:42
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Este é para o Jaber e o JLL


Criado em: 25/4/2012 17:39
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Re: 13/04/2012

Membro desde:
2/3/2007 19:42
De Queluz
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Sinceramente, não havia necessidade...
É uma perda para o site!

Criado em: 22/4/2012 23:04
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Re: Faz um poema

Membro desde:
2/3/2007 19:42
De Queluz
Mensagens: 3731
A vida
É um barco
Que nos leva
De rota batida

Sem apelo
Nem agravo
Não há pausas
Nem há volta
No tic tac
Do relógio
Esse ladrão
Descarado
Que nos rouba
O tempo!

Rosa dos ventos
Que nos marca
Na rota
Do desconhecido
A direcção exacta
Do cabo
Onde aporta
O nosso destino...

Cleo (Lurdes Dias)

Criado em: 21/4/2012 21:40
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Re: É para isto que serve o botão apagar?!

Membro desde:
2/3/2007 19:42
De Queluz
Mensagens: 3731
Há muito que uma fatia substancial de assíduos usuários, se foram afastando devagarinho, devagarinho...

Criado em: 10/4/2012 22:12
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Re: Faz um poema

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2/3/2007 19:42
De Queluz
Mensagens: 3731

Lá vem ela
Semi-nua
E sem pudor
Ondulando
Todo aquele corpo
Sedutor

Assim se insinua
A diva
Caneta
Bailarina de ofuscantes
Transparências
Rubras...

Em cada volta
Redonda
Letra a letra
Vai desenhando
O poema
Com a tinta
Que em si fervilha

E por não mais se conter
Se derrama
Por sobre a suposta
Alvura
Da virgem
E submissa
Folha

Criado em: 10/4/2012 14:48
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