Eu acrescentaria dois nomes, que, me parecem ter sido importantes e, como tal, merecedores de figurarem nesta lista de clássicos do Luso:

Valdevinoxis

Mel De Carvalho

Ainda que tudo isto seja muito subjectivo (tendo em conta os vários factores e condicionantes como por exemplo o nº de votantes e a sua natural preferência poética e qualitativa), parece-me justo que os participantes tenham conhecimento do lugar alcançado e respectiva qualificação através dos votos dos demais participantes. Agora se essa informação é ou não para ficar exposta, isso já depende de cada um... salvaguardando assim as suas futuras participações noutros eventos do género.

Aproveito para felicitar quem está por detrás destas iniciativas que me parecem bem positivas, tanto para o site como até para o crescimento particular em termos de escrita espicaçado pelo desafio, de quem nelas participa.

Ah poeta!
A poesia, tu e o teu modo de a dizer... um trio imbatível!

Gostei imenso

Seguindo a ideia do primeiro exemplo deste tópico (o qual aplaudo desde já) aqui deixo um pequeno contributo.

Escarradeira ou escarrador, objeto de luxo e de etiqueta.

Tanto uma como a outra, vêm de ESCARRO - Do latim, palavra deriva do verbo “scrare”, cuspir, escarrar, expectorar.


"Recipiente próprio para receber o escarro. O mesmo que escarrador ou cuspideira. Fazia parte do mobiliário das famílias nobres até o século XIX. Um recipiente do tamanho de um prato, relativamente fundo e com um furo no meio, normalmente feito de porcelana. Bem decorada, seu lugar por excelência era a sala de estar, sempre pronta para oferecer conforto a qualquer visita que dela necessitasse para cuspir um pigarro ou simplesmente, a partir do hábito adquirido, pudesse encontrar alívio sem transgredir a boa etiqueta da época."

Sobre este curioso objecto encontrei artigos não menos curiosos , dos quais escolhi dois e aconselho a leitura :

https://www.cgd.pt/Institucional/Patri ... ador-e-Saude-Publica.aspx

http://caminhosalomao.blogspot.pt/201 ... s-50-o-escarrador-ou.html

Parece-me que tenho ali uma coisa que é capaz de ficar aqui bem.

Vou buscar e já volto...


Ora aqui está ela! Vejam quem sempre teve o poder nas mãos (protegidos que eram e ainda continuam a ser, pelo estado) e quem é que sempre foi o dono deste que também é o meu país:

http://www.donosdeportugal.net/

E ainda, o novo hino de Portugal:

http://player.vimeo.com/video/42954561?autoplay=1

Carta ao poeta Júlio Saraiva

Troquei o dia por miúdos. Fiz-me rápido ao tempo para chegar a tempo a um funeral.
Revi amigos por causa disso, mas senti-me estranhamente só durante todo o dia, mesmo que me tivesses acompanhado no caminho empedrado até ao cemitério.
De te ter pedido lume e teres retirado com as mãos duas pedras da calçada.
Mais tarde, haverias de te embebedar comigo no meu bar de se...mpre, num dia em que me senti estranhamente só.
Tentei dizer-te enquanto bebíamos, alguns poemas que tinha decorado, coisas sem tempo, mas rompi propositadamente os bolsos da alma antes de sair de casa.
Foi por isso que passaste despercebido a um poeta que me pediu satisfações, apertando-me longamente a mão.
Lembras-te de quase te ter pedido desculpa, pouco antes de sairmos, estava o Alcino a tocar no pátio do Álvaro a guitarra que trazia incorporada nos dedos?
Sabes que me parecia samba o fado?
E que por causa disso, me apeteceu abraçar-te de tão zangado que estava contigo?
A discussão da noite anterior deixou marcas de batom na amizade que sentíamos um pelo outro.
Pensavas tu por acaso, que não amava da mulher brasileira a sensualidade, o encanto?
Acaso chegaste a supor que seria capaz de denegrir a pele morena, o cheiro a mar, o bailado dos seus sorrisos?
Sinto-me profundamente só hoje, Júlio.
Só de te ter trazido comigo durante todo este dia em que me fiz rápido ao tempo, para chegar a tempo a um funeral.
Morreu o pai do Faria.
Um dos polícias que investigou a morte de Maria Cura, personagem central de um romance que escrevi.
Meu amigo.


José Torres - Carta escrita e publicada no site Luso-poemas em 27-05-2010

Sandra, esse até nos deixa desconcertados

Apesar da pouca qualidade das imagens e do som, não posso deixar de aqui partilhar estes dois poemas feitos por este poeta, para dois portugueses (e ditos por Eduardo Roseira). Um deles, endereçado ao nosso bem conhecido usuário desta casa: Xavier Zarco.

Foi nesta casa que o conheci e tal como disse o Henrique Pedro e muito bem, será nesta casa que me despedirei de si.

Escolhi palavras de outros que dizem as suas próprias palavras e é com elas que lhe faço aqui a minha sentida homenagem.

https://www.facebook.com/video/embed?video_id=578531798841415"

Se calhar até vou escrever um disparate, mas cá vai a minha interpretação relativamente ao pagamento:
Uma vez que se trata de um campeonato - talvez um bocadinho diferente de um mero concurso, não sei - e que, pelo que li, se realizará por eliminatórias (e cada uma delas acompanhada de um novo texto/tema), tendo em conta o valor do prémio do vencedor bem como o prestígio credível do júri, o campeonato deverá "sustentar-se" a si próprio... Ou seja, pagarão todos para garantir os custos relativos ao prémio do vencedor.

Será?