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Re: Faz um poema
Da casa!
Membro desde:
25/8/2011 18:18
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(natalidade vulcânica na [teoria] mecânica do nada)


e agora
subo a montanha
que nada
se elevou numa ilha
acrescentada
acima da linha
de água
das minhas nuvens
cinzentas
de berças e versos
em sebentas
de conta corrente
e contra a corrente
do magma
em circulação
da minha recriação
como sintagma
no cume
da estagnação
não sou lume
não sou lava
nem vulcão
não sou nada

ah
sou pro ducto
de imaginação


Criado em: 26/1/2012 19:12
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Re: Faz um poema
Da casa!
Membro desde:
25/8/2011 18:18
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Magister dixit


Mundo!
Que mundo? Onde está esse mundo?
Nada disso existe;
Não há mundo.
A ficção é a única que existe:
Para além dela, o nada.
Nada!
Nada disso existe;
Não há nada.
Se houvesse nada, nada existiria:
O Nada é a Não Ficção!

(não inédito)

Criado em: 26/1/2012 18:30
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Re: Faz um poema
Da casa!
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25/8/2011 18:18
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(sei por que escrevo sim)



escrevo porque aprendi
e tenho dedos
e ensinaram me a ler
e as ideias também brincam
nos meus olhos
também choram
gritam
e deambulam pela cidade
montando letras
desassossegos
aconchegos
muitos egos
foi assim que aprendi
e agora lanço pontes
com linhas e pontos
nas pontas do fim
e também pinto flores
num pontilhado jardim
nascidas de dentro de mim
assim assim


Criado em: 25/1/2012 18:10
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Re: Faz um poema
Da casa!
Membro desde:
25/8/2011 18:18
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(mais valia a do poeta espoliado)



já de poeta se finge
e dor não veste o poema
toma de si o lavor
e rendilha se noite dentro
dando voltas à dor
carreia agulhas
fura um grafema
lança os dados
rola o tempo
ceifa searas
corta as raízes
puxa palavras
e arados
e diz que é lavrador
passa fome
e come o pão
que outro lho amassou
e grita e rima e grita
quem me roubou



Criado em: 24/1/2012 18:05
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Re: Faz um poema
Da casa!
Membro desde:
25/8/2011 18:18
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(assim se reza despedimento divinal com lágrimas)


e na lágrima de uma oração
o poeta
finge
e estranha que finge
o chorar de uma súplica
do sofrido coração
e com versos a rubrica

ai a deus
senhor dos céus
se não me ouvisse
adeus a deus


Criado em: 24/1/2012 17:40
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Re: "Apagar", não porque... 2
Da casa!
Membro desde:
25/8/2011 18:18
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Eu vou fazer melhor.
Passo a expilicare:
Sou um grande poeta e toda a gente concorda comigo. Até já ultrapassei o meu amigo zézé, tão ver na tão?
Pois beinhe, todas as vezes que publicar um excelente poema meue, ponho uma meia dúzia de bonekos especialista em comentário linterário a desbendar o meu excelentíssimo teixto, tão bere num tão?
E se ouber um qualquer comentador que ouse dezer male da minha obera, lanço os meus críticos especealistas atacarem-no de todos os ladecos, tão a ver na tão?
Logo, gera uma ganda polémica literária que ficará pá História e quem sai a ganhar nos escaparates, quem sai? Euzinho o melhor poeta de todos quantos inférteis e estéreis andam por aki!!
Ora digam lá se isto não é uma estratégia de marquetingue daquelas que nem Pirro se lembraria, digam.
Por isso é que acho que o butõe inté na tá aqi a fazere nadica de nada, proque aqui só há intiligencia grada e tudo é dito com muita sabedoria e ponderação em nome da desbendagem dotesto que está tapado e os quie leem tamem.
acho que é tudo por agora
bjs e abrçs

Criado em: 23/1/2012 21:48
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Re: Faz um poema
Da casa!
Membro desde:
25/8/2011 18:18
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(estranha sombra de luz)


já o curso da solidão
encandeia os momentos
em que te revejo
em cada nó
em cada mó
do rio deste silêncio
que me afogou
em cada tique
em cada taque
do relógio do combate
o que mudou
assim alinho
cada verso
cada sombra
cada ato
e num livro
fechadinho

eis aí o peregrino
de humano des(a)tino


Criado em: 23/1/2012 16:33
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Re: Faz um poema
Da casa!
Membro desde:
25/8/2011 18:18
De santamariadafeira.pt
Mensagens: 467
(desescrito o poema e o grito)



ouve os gritos
e o silêncio
e fala ao ouvido
da sorte

grita o mar
e sem acento
diz me tudo
forte forte

e se for a voz
do vento
nessas ondas
de tormento

chora e ri
ao mesmo tempo
que o poema
que te ouvi

ai de ti ai de ti
e de mim que o d(es)escrevi


Criado em: 20/1/2012 18:15
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Re: Faz um poema
Da casa!
Membro desde:
25/8/2011 18:18
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(versejo etílico)


ébrios são os dias
em que bebi
os versos que pisaste
e fermentaste
no lagar antigo
da poesia
que lavraste com suor
também isso
é amor


Criado em: 20/1/2012 11:46
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Re: Faz um poema
Da casa!
Membro desde:
25/8/2011 18:18
De santamariadafeira.pt
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(o poema vai nu)


e é no branco da neblina
que o meu corpo se desvanece
e aparece
em turbilhão negro a minha alma
no reverso
das semirretas cinzentas
do meu mundo ao avesso
numa longa rasura
de preto e branco e escura
que acaba na rua
da minha pobre alma
e nua


Criado em: 20/1/2012 11:29
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