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Re: Faz um poema

Membro desde:
2/3/2007 19:42
De Queluz
Mensagens: 3731
Um poema
Será pouco
Para dizer
Do quanto...

No entanto
Talvez seja
Em dobro
O que o poeta
Escreve
Sendo que o pouco
Será tanto
Daquilo que sente

E afinal
Será quanto?
Não existe
A medida certa...

Agora já é tanto
Que tudo é pouco
Para dizer o quanto!

Criado em: 31/1/2012 19:29
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Re: Faz um poema

Membro desde:
2/3/2007 19:42
De Queluz
Mensagens: 3731
Somos nós
Lado a lado
Presos
Sós...

Sentes o nó?
Está apertado
Sem dó!

E vós
Que laço
Vos prende
A nós?

Se somos nós
Presos em nós
E tão sós...


Criado em: 23/1/2012 10:59
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Re: 07 Jan - Porto - "Tu Cá, Tu Lá"

Membro desde:
2/3/2007 19:42
De Queluz
Mensagens: 3731
Em jeito de conclusão, como um baú que se fecha, aqui fica a chave de ouro de um tópico que foi muito além da aparência virtual:

Poema composto por São Gonçalves a partir de pedaços de poemas que enchem as páginas desta antologia - Tu Cá, Tu Lá

Acordo a vida que há num respirar intenso
notas de melodias inventadas em cada olhar
que me aquece
escrevo-me em palavras repetidas
sempre novas.

O mundo sente
a palavra não mente
tudo expressa
nesta grande peça
palavra parida
é próprio da vida.

Felizmente apoderei-me
de uma câmara vazia
antes de o sol congelar
guardei um retrato quente
do seu ocaso
precisarei dele
para aquecer cada despertar.

Falta-me o chão
nem sei bem se alguma vez lá esteve
o precipício chama por mim.
Mas há a vertigem que me adverte
o bom senso que me protege
um passo em falso e é o fim.

No meio do ocaso
uma pedra
despida de alegria
vestida de lama na mais agreste seara.
Do ocaso apenas o rasto
inerte, insano
da flor voltada ao cio dos abutres
e das horas que se vê calado.

Se a lágrima não cai
e se a noticia de jornal não for fatal
não sei que lhe possa dar mais
minha amante intriga.

Nenhuma palavra me diz quem sou
nenhum verso sabe o que faço aqui
nesta folha suja onde nada escrevi
tinta seca que o vento corrói
no empedrado dos fonemas onde me perco.

Salga-me a carne o mar que navego
caustica-me a alma o vento à deriva
e gaivotas gementes mergulham-me os olhos
perdidos na linha onde perco o horizonte.


Como vai longe a minha infância risonha
que eu quisera que não tivesse fim
foi um sonho leve que a gente apenas sonha
para findar depois como findou em mim.
Já não há memórias esquecidas
a penumbra se desgastou
no seu esconderijo
sem receios.

Os sinos já não acordam de manhã
mas as papoilas se despem do ópio
retiram-lhes os cabelos grisalhos das andorinhas
e os braços longínquos do sol
Se ao menos eu pudesse
devolver-lhes as ladeiras da minha vida
talvez eles voltassem...

Se vieres comigo
prometo-te mostrar a lua
nas minhas mãos
seguiremos por ela
nos caminhos das estrelas.

Entardecer
na vidraça estilhaçada!
biliões de sóis, triliões de iões, luas
rasgados de golpeadas, finas
sulcos amplos cortando o manto
neblina gelada!
deste não vir que tarda a madrugada.

Há tantas manhãs a vencer e tantas palavras
por escrever
cores desabrochando no silêncio
das palavras escritas
não ditas enigmas, existência acordando
em lençóis emaranhados.

Caminho sempre em frente
vejo a alma que se pendura nas árvores
nas tuas árvores caindo ao pequeno toque da alvorada
os traços que deixam na atmosfera
São fios de luz que alcançam
todos os transeuntes matinais
O rio é agora corrente parada nos meus olhos.

Na simplicidade deste sitio há tanta grandeza
e bem vistas as coisas, há razões de encantamento.
O sorriso que ofusca qualquer raio de sol
o olhar azul
tão maior que o mundo.

Ao sol estendo a liberdade
e danço solta nesta poesia
trago ao peito mais saudade
que desnuda assim a fantasia.

Quero voltar a ser livre
correr atrás da vida
na vida que me foge
quero sorrir ao dia
que outra vida me anuncia.

Estremecem papoilas ao vento
Insinuam-se na imensidão dos prados
Há borboletas felizes no meu pensamento
e reflexos de luz na alma aos brados.

Olho o mar...que imensidão...que energia
nele me abraço e fico com o sal nos lábios
carícia empolgante que rejuvenesce
olho o rio… como desliza ou corre para o mar.

Nota final.

Soubesse eu
como escrever
a dor
Este rascunho
nem o seria
do tanto que pressinto
do pouco que vejo
erguer-se-ia uma torre
de mil palavras
e o poema acontecia.


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Criado em: 9/1/2012 1:26
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Re: 07 Jan - Porto - "Tu Cá, Tu Lá"

Membro desde:
2/3/2007 19:42
De Queluz
Mensagens: 3731
Adoraria estar presente, mas...
De qualquer modo, estarei em pensamento, nesta que promete ser mais uma grande festa de poesia e amizade em torno de um livro do qual tenho a honra de (tal como na anterior) voltar a ser participante.
Felicidades para esta antologia e um obrigado a quem a tornou possivel!

Criado em: 7/1/2012 11:09
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Solução utópica... ou então, não!

Membro desde:
2/3/2007 19:42
De Queluz
Mensagens: 3731
Aproveitando as palavras do John Lennon, quero aqui deixar à família Luso, esta singela mensagem neste dia de Natal.
O meu desejo sincero é o de que pudesse haver harmonia, não só nesta quadra festiva, mas também no resto do ano. Que todos se comportassem dentro das leis que qualquer cidadão de bem, já cumpre na sua vida normal, dentro da sociedade em que está inserido.
Já pensaram nisso?
A meu ver, nem seriam precisas as tão desgastantes discussões sobre regras algumas...





Criado em: 25/12/2011 13:00
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Re: Inspiro-te? Então escreve-me...

Membro desde:
2/3/2007 19:42
De Queluz
Mensagens: 3731
Desconheço o autor da imagem
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Vede bem
Com olhos de ver
O que lhe fez
O inexorável
E incansável
Cinzel
Da vida!

Ferramenta
Impiedosa
Caprichosa
E cruel
Que lhe roubou
A lisura da pele
E lhe cavou
Na carne do rosto
Socalcos tamanhos

Por onde se adivinha
Que desmedidos
Rios de sal
Terão corrido
Secando-lhe
A última fonte
Dos sonhos...

Eis aqui
Pois
A obra (im)perfeita
Da arquitectura
Do tempo!



Criado em: 19/12/2011 22:28
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Re: Cléo (Lurdes Dias) escreveu Impulsos (em livro) - Temas Originais

Membro desde:
2/3/2007 19:42
De Queluz
Mensagens: 3731
Carlos
Tal como ontem, aqui volto hoje, para reforçar
o meu sincero e profundo agradecimento pela tua forma de dizer, daquilo que na altura te impulsionou o poema.
Bons impulsos que nos motivaram... a mim por agarrar nas minhas palavras simples e lhes dar algum sentido, e a ti por as teres lido e me teres transmitido o teu sentimento de então.

Muito e muito obrigado!

Criado em: 18/12/2011 19:40
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À margem da poesia

Membro desde:
2/3/2007 19:42
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Mensagens: 3731
http://www.publico.pt/Sociedade/repor ... da-urgencia-1519795?all=1

"Parabéns a Paula Torres de Carvalho, e ao Público, por uma excelente, oportuna e utilíssima reportagem, que mostra como uma parte do maltratado grupo dos funcionários públicos a quem os governantes cortam nas remunerações anuais passa "ociosamente" os seus dias...E, como estes, tantos outros! Maus trabalhadores também se encontram, é claro, mas tanto no público como no privado. Pena que este texto tenha sido, pelo menos até agora, pouco lido e pouco comentado. Provavelmente, é porque não ajuda a bater nos "suspeitos do costume", ou seja, no funcionalismo público, que até parece ser a causa de todos os males, causados afinal por outros que todos sabem quem são, e mais por aqueles que não se sabe...

Para reflectir

Pretendo chamar a atenção para o facto de os trabalhadores mencionados e os seus colegas fazerem parte do grupo dos hoje em dia amaldiçoados funcionários públicos, a quem os governantes cortam na remuneraçao anual, de forma cobarde, pois é sempre mais fácil bater nos mais fracos, que são aqueles cuja retenção na fonte é feita à cabeça e não podem fugir ao fisco, e que o Estado tem na mão, dando mais trabalho aos governantes fazer os cortes nas despesas onde deveriam ser feitos, ou enfrentar grupos e lobbies de certos privilegiados, ou ir buscar a quem roubou ou desviou o produtos dos roubos/desvios que estão em offshores e similares."


Estes comentários foram feitos por anónimos, mas também poderiam ter sido feitos por mim, ou por outro qualquer que ali trabalhe e se sinta injustiçado com as mais recentes medidas do governo (leia-se: roubo), visto que o sentimento em relação ao tema, é comum a quem vive e convive com este "drama" todos os dias. Sim, sou funcionária pública deste hospital e trabalho há 25 anos neste caos que aqui podem ver!

Já agora, deixo uma outra reportagem idêntica (em vídeo) e não menos interessante:http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/hos ... tvi24pt/1297678-4071.html

PS. O propósito deste tópico tem a ver com a indignação de milhares de colegas, que, tal como eu, se sentem roubados pelo actual governo. Se quiser dizer alguma coisa, sinta-se à vontade e diga de sua justiça o que lhe vai na alma.

Criado em: 12/11/2011 12:25
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Re: A Música que nos inspira

Membro desde:
2/3/2007 19:42
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Não pude deixar de vir aqui partilhar isto... ouçam!

Criado em: 12/11/2011 2:08
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Re: A Música que nos inspira (Nesse caso, o vídeo)

Membro desde:
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De Queluz
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Caito, é uma música, sim... e linda, linda!

Criado em: 11/11/2011 22:11
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