Não sei se me posso referir a preferências quando falo de livros. Tenho livros que me marcaram, que poderei ter lido mais uma ou outras vezes em modo de consulta, dependendo da sua natureza.
Em conversa caseira com o meu 23 anos de gente, também dado a estas questões ainda que na versão cinema - nesta área consegui viciá-lo, na leitura, tem o telemóvel - e pensando que não estaria correta nesta forma de distinguir um e outro, preferência e "marcador", concluímos que é possível , mas por vezes complexo.
Dependendo da idade, das circunstâncias, das vivências, assim atuam os livros... e os filmes.
Na infância, li vezes sem conta Coração de Edmondo De Amicis. Devo-lhe muito do que sou; a seguir, O Meu Pé de Laranja Lima de José Mauro de Vasconcelos, A Cabana do Pai Tomás de Harriet Beecher Stowe, O Principezinho de Antoine de Saint-Exupéry... nas suas diferenças, fizeram de mim parte da pessoa que chegou aqui, hoje.
Marcaram-me, portanto.
Na quase adolescência, A Capital de Eça de Queirós, que despoletou o gosto pela política numa época em que a política veio até nós. Marcou-me.
A Faculdade trouxe novidades, umas mais do que outras... Fernando Pessoa: uma das minhas bíblias - e perdoem-me o uso da palavra - é Livro do Desassossego, que coloca a Alma de qualquer um de nós a nu, este um dos meus preferidos tal como em poesia Ruy Belo, Nuno Júdice ou Maria Teresa Horta.

Não foi pretensão minha mostrar o que quer que seja, mas sim justificar, digamos assim, a distinção apresentada inicialmente.
Obrigada pela atenção e

Sorriso afável para todos.