E é já amanhã!
Até lá, um abraço
Xavier Zarco

Venho aqui deixar os meus parabéns pelo livro da Vânia. Uma pessoa admirável.

Camaradas,
Amanhã cá vos espero em Coimbra e como vai ser um sábado com sol!, melhor ainda!
Um abraço
Xavier Zarco

faz sol no porto também...tinha que ser em coimbra??(pormenor)

desejo a todos, principalmente à autora muiiiiito sol seja em que coordenadas for.
beijo

Camaradas,
Cheguei agora a casa, após a minha estreia como editor / apresentador.
Nunca em tal papel me encontrei.
Nesta apresentação única, agradeço a todos quantos nos brindaram com a sua presença.
Foi dia de festa, tal como todos os dias devem ser.
Por ter sido especial, dadas as inopinadas circunstâncias, fica aqui registrado o meu muito obrigado.
Um abraço
Xavier Zarco

Foi um lançamento invulgar.
Um representante da editora, o autor (representado por outra pessoa, aquele que representou a editora) e um apresentador de obra e autor, mas sempre a mesma pessoa. Uma única pessoa na mesa.
Mas criou-se um ambiente "sui-generis", onde a poesia esteve presente (e bem presente).
Foram lidos vários poemas do livro "Ainda e Muito", da Vânia Lopez e interagiu-se de uma forma muito agradável com todos os presentes. E foi assim, num convívio são e envolto em boa amizade que caminhámos pela tarde fora e, ainda, pela noite dentro.
O local onde se efectou o lançamento da obra é simplesmente magnífico e de uma beleza ímpar.
Há dias assim!...

Camarada António MR Martins,
E sem dúvida que sim, sobretudo para quem aprecia estas coisas boas da vida.
Para além da sessão de apresentação, numa sala com o nome do conimbricense Francisco Sá de Miranda, o poeta que via a poesia como uma missão sagrada, o que escreveu:

Isto passado, quando me desponho,
e me quero afirmar se foi assi,
pasmado e duvidoso do que vi,
m'espanto às vezes, outras m'avergonho;

num dos mais belos sonetos de Língua Portuguesa, e porque Coimbra é terra de vida boa e boa vida, eis-nos numa (quase) Tasca, fazendo a celebração por entre uma punheta (1), e a promessa de outra.
Por fim, uma ida até às paragens de Políbio Gomes dos Santos, que Coimbra também marcou, cidade onde frequentou a Faculdade de Letras.
Poeta esquecido, que faleceu aos 28 anos, percorreu os caminhos da Presença até ao Novo Cancioneiro, e que nos deixou versos como este:

Eu quero a aparente inconsciência dos loucos;

É por isso que vale a pena correr, mesmo quando o vento sopra adverso. Em suma: fez-se cultura.
Um abraço
Xavier Zarco


(1) Punheta - designação de um petisco feito com bacalhau desfiado.

Camaradas,
Partilho convosco o texto que serviu de suporte a este editor nesta apresentação única da obra "Ainda e Muito". Cá vai:

"Muito boa tarde.

Em nome da Temas Originais o meu muito obrigado pela vossa presença.

Esta é a primeira vez que apresento um livro na qualidade de editor, não de leitor. E por isso peço desde já desculpas por não vos trazer uma leitura pessoal deste volume, mas recorrer aos tópicos que quem leu esta obra, e a recomendou para edição, nos fez chegar.

Esta situação deveu-se ao facto de este evento estar marcado para o próximo sábado, dia 17 e ter sido solicitada a alteração de data para hoje, dia 10, por parte da autora.

No entanto, ocorre algo de insólito, coisa que nunca nos tinha acontecido, a 6 do corrente, na passada 3.ª Feira, pedem-nos para alterar de novo a data. Algo que, naturalmente, não ocorreu.

Por seu turno, quem foi indicado pela autora para apresentar a obra, afinal, não poderia estar presente. Três pessoas, sendo que uma delas se tinha já prontificado para efectuar a solo essa apresentação.

Posto isto, e porque gostamos de cumprir os nossos compromissos, não só com os autores, mas também com Instituições e Empresas que connosco colaboram e trabalham, eis-nos aqui, nesta bela tarde de sábado, na não menos bela cidade de Coimbra.

A autora, Vânia Lopez, é natural de Itajubá, uma cidade situada a sul no Estado de Minas Gerais, Brasil. Foi nessa localidade que passou a sua infância e parte da sua adolescência. Lê-se na sinopse biobibliográfica que nos fez chegar que, e passo a citar:

“sua sensibilidade foi despertada desde a infância pelo pai, com o qual dividiu o gosto pelos livros, música e fotografia.”

Fim de citação.

Actualmente reside em Pouso Alegre.

Para além da escrita, Vânia Lopez é, também, artista plástica, tendo já no seu curriculum diversas exposições, dando inclusive aulas de desenho artístico.

Aliás, no corrente ano de 2010, deu início a um projecto itinerante designado “Quatro Mulheres”, uma exposição colectiva, que tem início no Rio de Janeiro e que percorrerá o Brasil.

Em termos literários, editou em Terras de Vera Cruz, em 2008, o volume: “Entre Palavras”, estreando-se entre nós com este “Ainda e Muito”.

Vânia Lopez, assim se lê na supramencionada sinopse biográfica, “afirma não saber se é uma escritora que pinta ou pintora que escreve.”

Sobre este volume: “Ainda e Muito”, que, como referi, marca a estreia desta autora em Portugal, escreveu um dos nossos colaboradores o seguinte:

“trata-se de um livro que prende, sobretudo quando se é mulher, em que há diversas formas de enfrentar as mesmas questões, muitas vezes mesmo formas antagónicas de abordagem: no amor ou em pequenas circunstâncias do quotidiano; abordando múltiplos assuntos que vão também de um extremo ao outro, ora em tom ternurento ora em tom mais agreste. Quando o poema é contido, atinge momentos que me impressionaram e me levaram a procurar, mentalmente, a sua continuidade. É de leitura muito agradável pelo que recomendo a sua edição.”

Fim de citação.

O que consta desta síntese, pode também ler-se na abordagem que Randie Scalioni faz à obra, a qual se inseriu na contracapa, onde esta refere aspectos como naquilo que talvez a autora pretendesse transformar no acto de escrita, “mulher forte e determinada” versus “menininha indefesa”, na procura, talvez, tal como também aí se regista de “várias mulheres numa só”.

Do foro temático, também há a presença de factores antagónicos. Randie Scalioni refere, a título de exemplo: ternura ou raiva, medo ou coragem.

Trata-se portanto de um livro que, talvez, procure seguir a linha de orientação pessoana em que o poeta é múltiplo como o universo, e daí este jogo que denominarei como de rosto e máscara, conferindo-lhe por esta via a essência unificadora que todo e qualquer livro deve ter.

De novo, o meu muito obrigado por estarem presentes e faço votos que este livro constitua para vós instantes de boa leitura.

Obrigado"


Pedro Baptista
Sala Francisco Sá de Miranda, Casa Municipal da Cultura, Coimbra, 10 de Abril de 2010