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Re: Faz um poema
sem nome
[fado de herói]


a emoção, como o herói homérico
brota plena de [aretê], força vital
consome-se veloz no corpo inteiro
uma pulsão, [é vida , é morte] .

quando se transmuta em pensamento
este herói forte [como um hércules]
por todos os mortais tão aclamado
jaz morto, nasce sempre condenado.





Criado em: 7/2/2013 11:08
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Re: Faz um poema
sem nome
Outono Milenar.
Árvore despida no canto da nuvem
Folha seca, caída
Tapete de chão, agitado no vento
Vento seco queimado
Sopro do peito deserto
Húmido, cinza molhado
Brisa de céu encoberto
Corpo caído…
Galho quebrado na força da vida
Ninho desfeito
Ave perdida…
Murmúrio, lamento de tempo
Chuva miúda, suicida
Prédio molhado sente passos
Passos de gente na avenida
Estrada aberta, artéria que aperta
Som de silêncio
Alma calada…
Olhos fechados, janela esquecida
Pedra lançada
Eterno segundo, vidraça partida
Tempestade, trovão
Boca no grito, credo na mão
Hora…
Raio de choro, seduz sem luz
Cheiro de terra pela manhã
Taça vertida
Licor negro, adormecido
Calma…
Sabor de vida
Calma…
Véu transparente, brilho no ar
Manifesto!
Manifesto…
Outono Milenar.

Criado em: 11/2/2013 18:09
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Re: Faz um poema
sem nome

Riachos...



A mãe,

antes serva
hoje máquina
testemunha
da ceifa
continua
devoradora

Correm Eras
tronos em
cadafalso
nada muda
as crianças
sempre anjos

O ouro
é negro
carrasco
das guerras
loucura
dos homens

Os olhos
das mães
são riachos
que afogam
todas as
esperanças






Criado em: 26/2/2013 12:06
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Re: Faz um poema
Colaborador
Membro desde:
12/7/2007 21:56
Mensagens: 1988
e a cabeça escreve em surdina
sol casa rosa livro
e na margem da noite vive
a página em branco
do que fôra escrito

Criado em: 28/2/2013 17:06
_________________
Aglutinemos nossas almas, talvez possamos dar um pouco de alegria à nossa infindável tristeza.
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Re: Faz um poema
sem nome

e o inescrutável
comixa e remexe
as almas famintas
de sentires e dizeres
vaporosos [fugazes]
que nascem com o sol
e morrem com a lua
num canto de magia
que acalenta a poesia

Criado em: 28/2/2013 17:18
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Re: Faz um poema
sem nome
luz
ei,



capuz meu, encontrado..
minha linha dos sonhos de cá.
à têmpora que desencadeia
à lenda. que te fiz mais uma.(e) vez,

cruz
minha laçada de ar em queda
minha prévia, minha lima pra cerrar o que for..
tão, bela e guardada, pois
tão, inteira de si..

possível
conto-relato ou um breve dizer
que

tudo de você, é.
e me aparta
tudo..
ao tempo que cravo em dias, mas

em noites, não te sou..





(cola os teus corpos à janela, eu.
te quero "peça", e.








assim..)

Criado em: 6/3/2013 1:29
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Re: Faz um poema
sem nome
parte
de cada síntese
que te congrega,
é
parte.
da toda carta
de mim
e,

em tema,
da primeira cena,
qual impulso,
ou
vénia(que te seja),
é

parte.
da mesma mensagem
que te abomina
e
te
"diz"




(e-assim,)

Criado em: 20/3/2013 1:58
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Re: Faz um poema
Membro de honra
Membro desde:
8/9/2009 16:29
De Lisboa
Mensagens: 2683
é a poesia
a única vontade
de me deitar
de costas
e olhar
para cima
como se ali
estivesse
a última de todas
as coisas simples

o olhar fecha-se
no exato momento
em que o sol
se esconde
nos meus olhos

calou-se para sempre
o corpo deitado
agora de bruços

a chuva cai
por entre os dedos
escorrega o terço
conta a conta
tal um conta-gotas
como se fosse
o último dia
da vida
do rosário

o dia em que
a idade
se encolheu
na terra ainda
húmida e fresca
para mais uma tela
a pintar

Criado em: 3/4/2013 13:39
_________________
"Uma longa viagem, começa com um único passo" Lao-Tsé
http://novoolharomeu.blogspot.com/
http://rituaisdomomento.blogspot.com/
http://terrasaltasdogranito.blogspot.com/
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Re: Faz um poema
sem nome
este
enredo, não é..
forma.
estória-abstrata
ilusão
resposta
parte: de. cada
heresia
não-fé
(minha noite!!)
lua febril
isenção à carne
apenas,
longe, agora
um.
conto-fim
(qualquer um, destes)
das portas e sins
este-tempo
lento
precedido
corrompido, se te for
em
livro, não é:
o acto.
a cena.
e
até ao chão.
(vezes, falas)
palco de nãos
dispêndio
exemplo
frente
outra-morada
letras e cartas
e sonhos
em
vãos.
(ah! dorme de ti, ilusão..)
o
tempo-fim
às minhas mãos
em chamas
em falha que te clama
te diz e vê
pátria-fria
convalescente
em época
em respeito descrente
ou
compulsão..
a cair o verso!
incorrecto
disperso
e
já, aqui
e.
à febre deste sol,
desperto:













(repto)de ti
então,

Criado em: 3/4/2013 15:37
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Re: Faz um poema
Membro de honra
Membro desde:
8/9/2009 16:29
De Lisboa
Mensagens: 2683
a noite
companheira
de todos
os poetas

o absurdo!

com receio
de se acabar
no dia
caiu
e nunca mais
se viu

ficaram todos
os poetas mortos
de fome
e já nem sentiam
frio

nunca mais
o absurdo
se descuidou
e até
se procurou
num poema
nu

o absurdo
de todos
os absurdos
estava ali
caído
preparado
para todas
as noites

Criado em: 11/4/2013 9:03
_________________
"Uma longa viagem, começa com um único passo" Lao-Tsé
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