(1) 2 »


Prémio Casino da Póvoa
Muito Participativo
Membro desde:
9/2/2008 9:54
De Santa Maria da Feira
Mensagens: 73
O tema já foi aqui objecto de conversa a propósito da participação duma editora aqui no Luso neste concurso de casino. E duma coisa há a certeza, de roleta não é, até aposto. Veja-se a lista de finalistas da 12ª edição do Correntes d’Escritas:
Eu não acredito em bruxas, mas lá que adivinho, adivinho:

A Inexistência de Eva, Filipa Leal, Deriva

Anthero, Areia & Água, Armando da Silva Carvalho, Assírio & Alvim

Arado, A. M. Pires Cabral, Cotovia

Curso Intensivo de Jardinagem, Margarida Ferra, & Etc

Guia de Conceitos Básicos, Nuno Júdice, Dom Quixote

Mais Espesso que a Água, Luís Quintais, Cotovia

Necrophilia, Jaime Rocha, Relógio D’Água

O Anel do Poço, Paulo Teixeira, Caminho

O livro do sapateiro, Pedro Tamen, Dom Quixote

O viajante sem sono, José Tolentino Mendonça, Assírio & Alvim

Dêem uma vista de olhos pelas editoras finalistas de anos anteriores. Não sei qual a razão, mas não me sai da cabeça que este concurso lembra-me sempre o Festival da Canção em tempos idos. E por aqui me fico.

Criado em: 12/1/2011 23:36
Transferir o post para outras aplicações Transferir


Re: Prémio Casino da Póvoa
sem nome
Meu amigo. Neste marasmo intelectual que caracteriza a sociedade em que vivemos, os sites onde escrevemos, as escolas onde ensinamos, resta-me a consolação de perfilhar o pensar das minorias esclarecidas, que um dia, a correr bem a coisa, ainda tomarão em mãos o destino deste país.
E tu, que já te li, que te admiro, és uma mais valia. Um autor excelente que recomendo aos meus amigos.
Este teu post mostra a quem quiser ver o compadrio reinante nas letras. O mundo lobbyal das editoras.

Criado em: 13/1/2011 13:14
Transferir o post para outras aplicações Transferir


Re: Prémio Casino da Póvoa
Membro de honra
Membro desde:
10/5/2007 22:42
De Minho
Mensagens: 681
Altamente. Eu bem que avisei.

Este é um recado para o que foi dito sobre o tema.

Um poeta carregado de prémios é um pateta

não!

um poeta carregado de burro é um livro

não!

Maldito seja o poeta dos casinos porque não é poeta

não!

Um poeta carregado de prémios é um burro

não!

Não o caralho.

Criado em: 13/1/2011 21:10
_________________
O homem antes de ser o ente do ser é o ser do-ente

Livros:

Quase um Livro:
www.rodinha26.blogtok.com
Coisas da escrita:
www.avkd.blogtok.com
Um tratado:
www.gov.blogtok.com

Projectos Web:
Um Portal:
ww...
Transferir o post para outras aplicações Transferir


Re: Prémio Casino da Póvoa
Membro de honra
Membro desde:
8/12/2008 15:15
De Vila Viçosa
Mensagens: 3855
JSL, não poderia estar mais de acordo, são sempre os mesmos na escrita como em tudo o resto neste país.

Criado em: 13/1/2011 21:22
_________________
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...
Transferir o post para outras aplicações Transferir


Re: Prémio Casino da Póvoa
Participativo
Membro desde:
2/1/2008 22:30
De Entroncamento
Mensagens: 43
Querem rir? Há uns anos, na minha ingenuidade parva, mandei para esse concurso exemplares de um romance que acabara de publicar em edição de autor. Em edição de autor! Como se pode ser tão pateta?

Criado em: 13/1/2011 22:42
Transferir o post para outras aplicações Transferir


Re: Prémio Casino da Póvoa
Muito Participativo
Membro desde:
9/2/2008 9:54
De Santa Maria da Feira
Mensagens: 73
E logo aquele de que gostei tanto, querem ver? Ó amigo, para se ganhar um prémio não se podem criar Don Juans a salvar meninas da frente dos cornos dum touro, tem que ser um tema assim mais virado para o Parque Eduardo VII.

Criado em: 13/1/2011 22:45
Transferir o post para outras aplicações Transferir


Re: Prémio Casino da Póvoa
sem nome
Dos dez livros que chegaram à final neste concurso, independentemente das editoras que os publicaram, li "Anthero, Areia & Água", de Armando da Silva Carvalho, "Curso Intensivo de Jardinagem", de Margarida Ferra, "O livro do sapateiro", de Pedro Tamen, e "O viajante sem sono", de José Tolentino Mendonça. Também li alguns dos livros publicados pela Temas Originais e por outras editoras que se aprensentaram a concurso. Como os não li a todos, não posso dizer se houve ou não uma questão de favor pelos escolhidos. Mas gostei de todos os que li, e dos que chegaram à final, particularmente de "O livro do sapateiro", de Pedro Tamen, e de "O viajante sem sono", de José Tolentino Mendonça.
Outros poderão merecer o prémio. Estes, se o obtiverem, a meu ver, assenta-lhes que nem uma luva.

DM

Criado em: 14/1/2011 14:26
Transferir o post para outras aplicações Transferir


Re: Prémio Casino da Póvoa
Muito Participativo
Membro desde:
9/2/2008 9:54
De Santa Maria da Feira
Mensagens: 73
Caro Domingos,
Não está em causa a qualidade dos autores. Um deles, o Curso de Jardinagem é de autor novo, julgo eu, e foi muito bem escolhido. E o seu comentário é certíssimo. Mas isto remete-me sempre para a questão da lírica de Camões. Ainda não sabemos exactamente aquilo que Camões escreveu, por uma razão simples, não havia consursos destes e qualquer coisa que fosse boa era atribuída a Camões. Se fosse hoje, muitos dos sonetos, estariam esquecidos, pois seriam atribuídos a autores menores. Imagine que até o grande poeta foi eucalipto que secou tudo à volta.
Só pretendo dizer que era bom que não fosse sempre tudo na mesma e estas provas, quando não são cegas, ficam sempre sujeitas ao comentário da seriedade da mulher de César. É como no futebol, queiramos ou não, o árbitro favorece sempre os grandes.

Criado em: 14/1/2011 16:37
Transferir o post para outras aplicações Transferir


Re: Prémio Casino da Póvoa
sem nome
Caro Maduro,

Concordo consigo quando diz que estes concursos para prémios literários deveriam ser cegos, ou até, digo eu, como nos ensaios clínicos, duplamente cegos.
Mas dado que as regras deste concurso eram diferentes, quem concorreu, em princípio, conhecia as regras.
Quanto à qualidade dos dez livros que vão à final, e sobretudo dos que nem à final chegaram, só quem os leu a todos se pode manifestar. Eu li alguns. Li mesmo vários de poetas reconhecidos, que não estão nessa lista dos dez. E, a meu ver, são bons livros de poesia. Mas a minha avaliação, de leitor, e até de "fazedor" de poemas, não deixa de ser subjectiva.
E a do júri, embora com um grau mais amplo de objectividade, terá por certo muita subjectividade pelo meio.
Em última instância, mais do que o júri do concurso, o tempo é que será o verdadeiro juiz da qualidade dos poemas e dos livros que se apresentaram.

DM

Criado em: 15/1/2011 0:24
Transferir o post para outras aplicações Transferir


Re: Prémio Casino da Póvoa
Membro de honra
Membro desde:
17/7/2008 21:41
Mensagens: 2207
Camarada,
Ainda bem que não fui eu a colocar este post. Nos últimos tempos tenho andado à volta de uma questão, que tal anúncio passou-me ao lado, a qual, assim espero, dentro de dias estarei em condições de, inclusive, divulgar, isto porque telhados de vidro todos têm, eu incluido.
Mas, melengas de lado, o certo é que não entendo como é possível uma obra como "Área Afectada", de Fernando Esteves Pinto; isto sem referir, sobretudo, a novidade chamada Mário Correia, em: "Contos de Longa e Semifusa", não constarem dos finalistas (está dito, não pelo editor, mas pelo leitor, duas excelentíssimas obras que fazem parte dos livros mais relevantes em Poesia, e eu sou leitor quase diria compulsivo deste género, que mais me marcaram nos últimos anos).
Os autores da minha editora que me desculpem, mas, de mim, espero, só devem contar, independentemente de ser minha ou não a decisão de edição, uma coisa: o que penso. Neste caso em concreto, penso que obras como as mencionadas, ou como as de José Félix ou Jorge Vicente ou Samuel Costa Velho, entre outras, pelas características que, por norma, faz com que um livro vença um prémio (fala quem já venceu muitos e espera vencer mais, sob anonimato, claro!), deveriam (pelo menos a de Fernando Esteves Pinto) lá estar.
Perder hoje não significa perder sempre, magoa, mas só pode transmitir a quem perde que há a necessidade de persistir. Por mim, quer como autor, que até à data só perdeu duas vezes (em original), quer como editor, que perdeu todos os que concorreu. só sei de um caminho: ir à luta; existam ou não outro género de critérios para além do estritamente literário.
Um abraço
Xavier Zarco

Criado em: 15/1/2011 18:04
Transferir o post para outras aplicações Transferir







Links patrocinados