Camarada,
Acho que não estamos aqui a fazer fretes um ao outro, até pelo facto de não nos conhecermos e raramente os nossos diálogos se cruzarem.
Também já o confessei, a minha área de interesse não passa propriamente pela poesia, facto que me leva a gostar mais de ouvir as opiniões dos outros do que inclusive apresentar as minhas nesta área da Literatura.
Já desde o último comentário sobre este prémio o disse publicamente que admirei a coragem do editor que se coloca ao lado da sua gente; tal como admiro esta resposta e não duvido que é como realmente dizes.
E vamos à luta, é isso que penso. Concorrendo, estou de acordo, mas não calar acima de tudo.
Em momento algum se insinuou que as pessoas são corruptas, ou que foram subornadas, essa é a última coisa que passaria pela cabeça a alguém minimamente sério, ainda por cima sabendo quem eles são. Isso nunca esteve em causa, agora não me venham dizer é que não há em determinados meios uma formatação inconsciente que acaba sempre por empurrar para os mesmos, não me digam que não que eu não acredito.

Caro Domingos,
Não está em causa a qualidade dos autores. Um deles, o Curso de Jardinagem é de autor novo, julgo eu, e foi muito bem escolhido. E o seu comentário é certíssimo. Mas isto remete-me sempre para a questão da lírica de Camões. Ainda não sabemos exactamente aquilo que Camões escreveu, por uma razão simples, não havia consursos destes e qualquer coisa que fosse boa era atribuída a Camões. Se fosse hoje, muitos dos sonetos, estariam esquecidos, pois seriam atribuídos a autores menores. Imagine que até o grande poeta foi eucalipto que secou tudo à volta.
Só pretendo dizer que era bom que não fosse sempre tudo na mesma e estas provas, quando não são cegas, ficam sempre sujeitas ao comentário da seriedade da mulher de César. É como no futebol, queiramos ou não, o árbitro favorece sempre os grandes.

E logo aquele de que gostei tanto, querem ver? Ó amigo, para se ganhar um prémio não se podem criar Don Juans a salvar meninas da frente dos cornos dum touro, tem que ser um tema assim mais virado para o Parque Eduardo VII.

O tema já foi aqui objecto de conversa a propósito da participação duma editora aqui no Luso neste concurso de casino. E duma coisa há a certeza, de roleta não é, até aposto. Veja-se a lista de finalistas da 12ª edição do Correntes d’Escritas:
Eu não acredito em bruxas, mas lá que adivinho, adivinho:

A Inexistência de Eva, Filipa Leal, Deriva

Anthero, Areia & Água, Armando da Silva Carvalho, Assírio & Alvim

Arado, A. M. Pires Cabral, Cotovia

Curso Intensivo de Jardinagem, Margarida Ferra, & Etc

Guia de Conceitos Básicos, Nuno Júdice, Dom Quixote

Mais Espesso que a Água, Luís Quintais, Cotovia

Necrophilia, Jaime Rocha, Relógio D’Água

O Anel do Poço, Paulo Teixeira, Caminho

O livro do sapateiro, Pedro Tamen, Dom Quixote

O viajante sem sono, José Tolentino Mendonça, Assírio & Alvim

Dêem uma vista de olhos pelas editoras finalistas de anos anteriores. Não sei qual a razão, mas não me sai da cabeça que este concurso lembra-me sempre o Festival da Canção em tempos idos. E por aqui me fico.

O Vencedor deste ano é....
Segundo as últimas notícias, o vencedor do Prémio Leya 2010 é a incapcidae de 300 e tal escritores não perceberem nada da coisa. Até à data, em mais de mil obras a concurso, ao longo de três anos, só dois conseguiram tal feito. Eu já li as duas vencedoras e algumas das finalistas e, sinceramente, não vi muito bem onde está uma diferença tão grande que justifique tal distinção.
Por isso, volto à carga. Só posso entender o mistério do Prémio Leya quando for publicada a lista de todas as obras finalistas desde o início. O ideal seria de todos os concorrentes, mas isso não é possível pelo facto de ser uma prova cega, ficando no anonimato quem não é finalista. Até prova em contrário, mantém-se muito pertinente a sondagem deste blogue, que estava a prever este desfecho, com a hipótese de que não seria atribuído este ano o referido prémio pelo facto de não se encontrar como candidato um autor com peso comercial já constituído.

Obrigado, amigo. Aproveito para te dar os parabéns, que bem mereces. Não o fiz no local para não me envolver. Só te digo que ser reconhecido pelos da casa é coisa rara.

Caras amigas e caros amigos,

É só mais um, para já não estou a pensar em mais lançamentos.
Deixo aqui um convite para um encontro em Santa Maria da Feira.
A quem interessar o romance histórico (corrigido pelo Miguel Real para romance cultural), a temática do Quinto Império, Inquisição e a Questão Judaica, poderá trocar algumas impressões com o autor e com o apresentador, desta vez o Prof. José Eduardo Franco.

Agradeço desde já a amabilidade da vossa presença.

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Obrigado a todos pelas palavras simpáticas. Permitam só que volte a lembrar o seguinte, face às peripécias por que passou, é o livro em si mesmo que as poderá merecer. Neste momento considero-me mais um dos muitos amigos que faz força para a sua divulgação.

Olá amigo,

Tanta coisa para dizer ao mesmo tempo, que nem sei por onde começar.

Em primeiro agradecer o envio pelo Nuno do teu livro, já comecei a ler. E vai a primeira crítica, escrever conto curtinho, diria bem rapidinho, não confundas com rapidinha, é privilégio só de alguns. Quando mandas um presente desses a um fanático do João de Araújo Correia, é uma cereja em cima do bolo. É disto que o meu povo gosta, mas nem todos o entendem. A prosa, nomeadamente aquela que se aproxima ou é prosa poética, não deve ser para dar seca. E tu, meu caro, não dás seca.
Depois, parabéns pelo novo "crio", a capa é muito bonita, até fico envergonhado ao compará-lo com o meu crianço, mas eles querem assim, dizem que são modas.
O lançamento é no dia 17, se andares por Lisboa aparece, se quiseres dar um saltinho à Feira, beber um portinho, vou repetir no dia 24 às 5.
O Nuno já me disse mais do que uma vez para ir a um dos vossos encontros, vontade não falta, mas é só mais um bocadinho.
Um abraço

Caras amigas e caros amigos,

Deixo aqui um convite para um encontro em Lisboa.
A quem interessar o romance histórico, a temática do Quinto Império, Inquisição e a Questão Judaica, poderá trocar algumas impressões com o autor e com o apresentador, o escritor Miguel Real.

Agradeço desde já a amabilidade da vossa presença.

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