Comentário a "Assina-me" de Vania Lopez |
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O poema, na sua íntegra, estará legível após o comentário. Os dois últimos versos são muito bem achados. Há uma expressão marcada da atracção. Sobretudo no "...a qualquer hora do dia...". Porque há o assumir da satisfação duma necessidade. Mas também a luta pela manutenção da magia. Para não descambar em qualquer coisa mais fraternal. De resto parece que é transição que se verifica em todo o poema. Os primeiros quatro versos parecem contar-nos a história duma história que acabou, ou que deveria acabar, pondo fim talvez a alguma hiprocrisia, ou comodismo. Mas também dum sujeito poético que deseja a um outro que procure "...alguém...", num momento meio de redenção. Um acto de amor. "...Assina-me..." é um verbo reflexo estranho. Assim como os "perca-me..." e o "...prometa-me...". Mas assim hifenizado parece manter uma ligação. O assinar é uma marca de identidade. A nossa assinatura tem valor legal em quase todas as situações. Há quem se dedique até a falsificar para ter vantagens sociais e económicas. Este título em forma de pedido também torna o sujeito poético uma assinatura, um nome, uma tinta e um papel. Feito por outro. Andas muito visceral. Não me canso de elogiar estes poemas curtos que em muito pouco dizem muito muito. Assina-me perca-me se puderes mas prometa-me que vais achar alguém para lhe matar suavemente (e) a tudo que o amor atinge derrotado pela nudez a qualquer hora do dia
Criado em: 28/4/2023 16:43
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