Caminham na noite
Andarilhos, maltrapilhos
Contrastam com o alegre soçaite
Debaixo das marquises, com seus filhos
Uns vendem balas, biscoitos
Amendoim torrado, bananada
Circulam nos bares, entre garçons afoitos
E nada os afasta da triste rotina
Uns gastam fortunas,
Contam histórias, vantagens
Circulam em boates e bingos
E tudo os aproxima da alegre jogatina
Na penumbra noturna
No lado amargo de cada noitada,
Crianças, jovens, velhos,
Bebem em taças diferentes,
Ladrões, falsários
Cafetões, empresários
do show business exibem mulatas
e prostituem jovens inda meninas
No lado festivo da cidade
Gatorade com vodka aquece
a farra nas boates dos badboys
regada a rock, brigas e muitas drogas
É a vida noturna
Que vem desde os tempos da taberna
Cerveja, vinho, vodka, uísque ou cachaça
Na dose certa pra perda da censura
E para alimentar a fantasia
Em nome de falsa ébria alegria
No crime que acoberta a madrugada
Inda com o advento da Lei Seca...
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em Janeiro de 2010.
Mais textos
Rss do autor
Estatísticas
Enviar
Imprimir
Criar um pdf
