Nos versos, a brincadeira selvagem da idéia
Lugar, onde o sentimento do poeta, estréia.
Nos versos, o desencadeamento da escrita impiedosa
Da caneta que raspa de forma ruidosa.
Poeta, sua voz está presa na ponta dos dedos
Esganiçada, meio a todos os seus medos
Grudada no espinho da rosa preso em sua garganta
Poeta da voz virgem e da escrita que encanta
Das maliciosas curvas de tintas expressadas
Dentro da sombra escura secreta e guardada
Subjetiva o significado subliminar ao oculto
Do poeta sem voz e eternamente culto.
O grito impossível e impossível de se imaginar
Nunca se ouviu, senão abafados no mofo do papel
Papéis rabiscados com o espinho da rosa que te condenou
Poeta, sempre há de falar
sobre o mundo que há além do céu
E que até agora, nem um homem filosofou.